Tribuna Ribeirão
Ciência e TecnologiaDestaque

Pesquisa mostra uso de cartão de crédito em RP

Pesquisa realizada pela Engracia Garcia – Pesqui­sa de Mercado e Opinião em parceria com o jornal Tribuna traçou o perfil dos consumidores ribeirão-pre­tanos que utilizam cartão de crédito. Realizado entre 19 e 21 de junho com 625 en­trevistados em todas as re­giões da cidade, o trabalho tem margem de erro de 4% e aponta que 64% dos consu­midores possuem cartão de crédito na cidade.

Desses, 54% são mulhe­res. A escolaridade predomi­nante é o segundo grau: 78%. Entretanto dos 10% dos en­trevistados que possuem curso superior, 92% têm car­tão de crédito.

A pesquisa mostra ain­da que quanto maior a ren­da, maior a porcentagem de pessoas que têm cartão de crédito. A totalidade dos que ganham mais de dez salários mínimos possuí, mas essa faixa corresponde apenas a 1,6% dos entrevistados. Na faixa de quem ganha de 5 a 10 mínimos, 16,8% dos en­trevistados, 86% têm cartão.

A maior faixa salarial na pesquisa é de quem ganha de 3 a 5 mínimos, 66,4%, e desses 64% têm o crédi­to. 15,2% dos entrevistados disseram ganhar até três salários mínimos e só 33% disseram possuir.

No que se refere ao gas­to médio, a grande maioria disse que gastava entre R$ 1 mil e R$ 5 mil ao mês com cartão de crédito. Apenas 5% disseram que gastavam mais de R$ 5 mil e 17% me­nos que R$ 1 mil.

Outro dado interessante na pesquisa é que 96% parce­lam suas compras. O mesmo índice é o de consumidores que pagam o total da fatura. 3% pagam o mínimo e 1% parcela a fatura.
Gerson Engrácia, diretor da Engrácia Garcia, disse que chama a atenção o fato de 96% pagarem em dia, mas acredita que isso ocorra por conta da recente mudança no sistema de cobrança no car­tão de crédito.

O Banco Central deter­mino o fim da possibilidade de os consumidores paga­rem o valor mínimo das fa­turas por vários meses segui­dos, sendo possível entrar no rotativo apenas em um mês. A pessoa é obrigada a pagar o saldo total da fatura no mês subseqüente e caso não consiga, o banco é obrigado a oferecer a ela o parcela­mento do débito em linhas de crédito com juros mais baixos que os do cartão.

“Essas regras foram apli­cadas no ano passado e acre­dito que o consumidor tenha se adequado. Eu credito esse percentual de 96% de paga­mento mais à mudança no sistema do que em outra coi­sa”, avaliou Gerson.

Economista alerta para juros altos
O economista Luciano Nakabashi, da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da USP Ribeirão, acredita que o pagamento total das faturas, 96% como indica a pesquisa Engracia Garcia/ Tribuna, não está relacionado a educação financeira. “Creio que seja pela preocupação de sujar o nome e não ter crédito no futuro”.

Gerson Engracia acredita que alto índice de pagamento total das faturas, 96%, está atrelado às mudanças no sistema de cobrança

Nakabashi alerta os con­sumidores para os juros altos. “Principalmente de cartões de créditos em que as taxas são elevadíssimas”. Segundo ele, esses juros altos dificultam a capacidade de pagamento.

“O consumidor precisa pen­sar e ter planejamento financei­ro. Essa falta de planejamento é uma questão crônica no Brasil, tanto na pessoa jurídica quanto física”, afirma.

Para ele a utilização de cré­dito parcelado só deveria ocorrer “em último caso”. “Se precisar o ideal é buscar outra forma de financiamento, mesmo assim os juros são elevados. O ideal é não entrar em financiamento bancários”.

No entanto, ele acredita que financiamento de carros e imóveis são diferentes. “Os juros são menores e ajudam a pessoa a disciplinar a pagar essas par­celas”, finaliza.

Postagens relacionadas

População desempregada alcança 12,906 milhões

Redação 7

Câmara debaterá Lei Cidade Limpa

William Teodoro

Circo Vostok realiza espetáculo virtual para arrecadação de verba

William Teodoro

Utilizamos cookies para melhorar a sua experiência no site. Ao continuar navegando, você concorda com a nossa Política de Privacidade. Aceitar Política de Privacidade

Social Media Auto Publish Powered By : XYZScripts.com