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Insônia e distúrbios do sono – Parte I

É sabido que o Brasil, em se tratando de saúde pública, assume a dianteira em um grande número de doenças típi­cas de países em desenvolvimento ou com baixos níveis de desenvolvimento social. Dengue, febre amarela, gripe H1N1 e muitas outras já há muito erradicadas em diversos países, florescem aqui entre nós em escala ascendente.

Já doenças típicas de sociedades desenvolvidas também colocam o Brasil no topo do mundo. É o caso da insônia e de outros distúrbios do sono em que os brasileiros padecem também em números maiores do que os de outros países. A Sociedade Brasileira do Sono divulgou dados mostrando que de cada três brasileiros um tem insônia e cerca de 70% dos brasileiros não dormem direito.

Estatísticas publicadas sugerem que cerca de pelo menos 80 milhões de brasileiros têm diagnóstico de insônia enquan­to trabalhos médicos publicados em importantes revistas científicas sugerem que nos Estados Unidos e no Reino Unido esse percentual é bem menor assim como na China, Japão e Ásia Pacífico. E mais: no Brasil existe registro de dois milhões de casos de insônia a cada ano.

Existem algumas definições de insônia, uma delas afir­mando que insônia é a dificuldade de adormecer e de manter o sono que excede o período de um mês independente de or­dem física sem a utilização de substâncias capazes de alterar o sono. Ou então assim: a insônia é um distúrbio persistente que prejudica a capacidade de a pessoa adormecer ou perma­necer dormindo a noite inteira.

Aí uma pergunta que surge é: por que as pessoas não dormem? E a resposta é que existem várias causas sendo a primeira e que assume importância crucial é a relacionada com o estresse que se associa à preocupação com o trabalho, os estudos, problemas de saúde, a família como a separação conjugal, divórcio, perda de emprego, falta de dinheiro, etc.
Há ainda que se considerar a preocupação com doenças do coração, pulmões, rins, tireóide, refluxo e outras. Já na es­fera mental os distúrbios como ansiedade, agitação e depres­são e outros.

Por outro lado, o uso indiscriminado das redes sociais e o hábito de assistir à TV até a hora de ir para a cama consti­tuem um fato novo e que também contribuem para o apareci­mento dos distúrbios do sono.

Há que se considerar ainda que o uso de alguns remédios para doenças como depressão, doenças do coração e bebidas que contêm cafeína como o café, o chá e bebidas estimulantes como coca-cola e outras.

Também a falta de atividade física, a idade, a falta de hábito para ir dormir sempre no mesmo horário constituem fatores que contribuem para o aparecimento dos distúrbios do sono. (Continua na próxima semana)

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