Tribuna Ribeirão
Economia

Mercado reduz estimativa de crescimento para 0,82%

A estimativa do mercado fi­nanceiro para o crescimento da economia este ano continua em queda. Segundo o boletim Fo­cus, pesquisa semanal do Banco Central feita junto a instituições financeiras, a projeção para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) – a soma de todos os bens e serviços produzidos no país – desta vez foi reduzida de 0,85% para 0,82%. Foi a 19ª redução consecutiva.

Para 2020, a expectativa é que a economia tenha cresci­mento maior – de 2,20% –, a mesma da semana passada. A previsão para 2021 e 2022 per­manece em 2,50%. No fim de junho, o BC atualizou, por meio do Relatório Trimestral de Infla­ção (RTI), sua projeção para o PIB em 2019, de alta de 2,00% para elevação de 0,80%.

A estimativa de inflação, cal­culada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), se manteve em 3,80% este ano. A meta de inflação de 2019, definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), é de 4,25%, com intervalo de to­lerância entre 2,75% e 5,75%. A projeção do mercado financeiro para 2020 é de 3,91%. A meta para o próximo ano é de 4%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.

Para 2021, o centro da meta de inflação é 3,75% e para 2022, 3,5%, também com intervalos de tolerância de 1,5 ponto per­centual. A previsão do merca­do financeiro para a inflação em 2021 e 2022 permanece em 3,75%. Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic, mantida em 6,5% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom).

Ao final de 2019, as institui­ções financeiras esperam que a Selic esteja em 5,50% ao ano, mesma projeção da semana passada. Para o fim de 2020, a expectativa é que a taxa básica seja de 6% ao ano e, no fim de 2021 e 2022, chegue a 7,5% ao ano. Quando o Copom reduz a Selic, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, redu­zindo o controle da inflação e estimulando a atividade econô­mica.

As projeções mais recentes do BC, considerando o cenário de mercado, apontam para in­flação de 3,6% em 2019, 3,9% em 2020 e 3,9% em 2021. Elas constaram no Relatório Trimes­tral de Inflação (RTI), divulga­do no fim de junho. No Focus agora divulgado, entre as insti­tuições que mais se aproximam do resultado efetivo do IPCA no médio prazo, denominadas Top 5, a mediana das projeções para 2019 seguiu em 3,72%. Para 2020, a estimativa do Top 5 seguiu em 4,00%. Quatro sema­nas atrás, as expectativas eram de 3,91% e 4,00%, nesta ordem.

No caso de 2021, a mediana do IPCA no Top 5 permaneceu em 3,75%, igual ao verificado há um mês. A projeção para 2022 no Top 5 também ficou em 3,75%, ante 3,63% de quatro semanas antes.

Preços administrados
O relatório do BC indicou alteração na projeção para os preços administrados em 2019. A mediana das previsões do mercado financeiro para o in­dicador este ano foi de alta de 5,10% para elevação de 5,00%. Para 2020, a mediana passou de alta de 4,43% para elevação de 4,40%.
Há um mês, o mercado projetava aumento de 5,20% para os preços administrados em 2019 e elevação de 4,46% em 2020. As projeções atuais do BC para os preços adminis­trados, no cenário de mercado, indicam elevações de 3,9% em 2019 e 4,6% em 2020.

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