Tribuna Ribeirão
Política

Coderp – Prefeito anuncia novo presidente

ALFREDO RISK/ARQUIVO TRIBUNA

O prefeito Duarte Noguei­ra Júnior (PSDB) vai revelar na manhã desta quarta-feira, 10 de julho, o nome do novo presidente da Companhia de Desenvolvimento Eco­nômico de Ribeirão Preto (Coderp). A solenidade de troca de comando será às dez horas, no Salão Nobre do Palácio Rio Branco, sede da prefeitura. A empresa era presidida por Guatabi Ber­nardes Costa Bortolin, que vai deixar o cargo por mo­tivos pessoais. O nome do ti­tular está sendo mantido em absoluto sigilo pela adminis­tração municipal, mas sabe-se que será um homem.

Guatabi Bernardes Costa Bortolin assumiu a companhia em um momento delicado, com um punhado de dívidas e a credibilidade em baixa por causa dos desdobramentos da Operação Sevandija – a ação penal que investiga fraudes em licitação de contratos entre a Coderp e a Atmosphera Cons­truções e Empreendimentos, do empresário Marcelo Plas­tino, tem 21 réus, entre eles ex-vereadores e ex-secretários, além de ex-superintenden­tes da empresa. O processo envolve denúncias de apadri­nhamento político, fraude em licitações e suposto pagamento de propina.

O Grupo de Atuação Es­pecial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) pede a devolução de R$ 105,98 mi­lhões. Os réus são acusados de organização criminosa, dispensa indevida e fraude em licitações, corrupção ativa e passiva e peculato. Todos ne­gam a prática de crimes. Em maio, a Câmara de Vereadores aprovou o projeto do governo que autoriza o parcelamento de uma dívida de mais de R$ 28 milhões que a prefeitu­ra tem com a Companhia de Desenvolvimento Econômico. Pela proposta, o débito de R$ 28.059.853,28 será dividido em 20 parcelas – um ano e oito meses. Segundo o Executivo, o parcelamento é necessário por causa da crise que o município atravessa.

No início de novembro de 2017, a Coderp deu um im­portante passo rumo à sua re­cuperação econômica com o objetivo de evitar o fechamen­to. Depois de mais de cinco anos sem renovar a Certidão Negativa de Débito (CND) junto ao governo federal, em função de dívidas tributárias, obteve o documento por aderir ao Programa Especial de Re­gularização Tributária (Pert), conhecido como Novo Refis. A prefeitura de Ribeirão Preto renegociou o parcelamento de uma dívida de R$ 155,83 mi­lhões, acumulada de junho de 2010 a dezembro de 2016.

O valor foi auditado por profissionais especializados e seria objeto de contestação tanto junto à Receita Federal, quanto junto aos processos ju­diciais que apuram os desvios e desmandos havidos nas ges­tões anteriores. O pagamento foi dividido em 120 parce­las mensais (dez anos) com valores que variavam de R$ 697.344,88 a R$ 1.287.323,88. A Coderp já tinha outro parce­lamento com a Receita Federal do Brasil e Procuradoria Geral da Fazenda, feito em novem­bro de 2009, com valor de R$ 5.806.772,35. O montante seria pago em 160 parcelas cujo va­lor inicial foi de R$ 36.292,32.

A 16ª mudança
a troca de comando na Co­derp será a 16ª mudança no alto escalão tucano em dois anos e meio de administração, desde 1º de janeiro de 2017. São sete baixas e nove rema­nejamentos. A última havia sido anunciada em 10 de maio, quando Felipe Elias Miguel assumiu a Secretaria Muni­cipal da Educação no lugar de Alberto José Macedo, que estava acumulando o cargo com o de secretário municipal de Governo após o pedido de demissão da ex-secretária Lu­ciana Andrade Rodrigues. Ela deixou o cargo em 11 de abril em meio à crise do setor.

Em 28 de fevereiro, Alber­to José Macedo Filho, advo­gado e procurador autárquico aposentado, entrou no lugar de Nicanor Lopes na Secre­taria Municipal de Governo – continua no comando da Casa Civil, já que acumulava os dois cargos. No dia 12 de fevereiro, Duarte Nogueira já havia anunciado os novos se­cretários municipais do Meio Ambiente e da Infraestrutura. Sônia Valle Walter Borges de Oliveira entrou no lugar de Otávio Okano, que voltou para a Companhia de Tecnologia Ambiental de São Paulo (Ce­tesb) – é funcionário de car­reira –, e Luís Eduardo Garcia ocupou o lugar de Alexandre Betarello, que hoje está no De­partamento de Água e Esgotos de Ribeirão Preto (Daerp).

Antes, em 29 de janeiro, Ângelo Roberto Pessini Jú­nior, que também acumula­va o comando das secretarias municipais de Administração e dos Negócios Jurídicos, decidiu ficar apenas como titular da se­gunda pasta. Em seu lugar assu­miu a secretária-adjunta Marine Oliveira Vasconcelos. Em 9 de outubro, o vice-prefeito Carlos Cezar Barbosa (PPS) deixou o cargo de secretário municipal de Assistência Social, sendo substi­tuído por Guido Desinde Filho, gestor do programa social do Restaurante Bom Prato.

Antes, em 26 de junho, o jornalista Guto Silveira deixou a Coordenadoria de Comunica­ção Social (CCS) e foi para De­partamento de Água e Esgotos (Daerp). A também jornalista Renata Bianco assumiu a che­fia da CCS. O governo tucano também promoveu alterações na própria Secretaria de Negó­cios Jurídicos, em 11 de maio de 2018, quando Alexsandro Fon­seca Ferreira deu lugar a Pessini Júnior, e nas pastas de Cultura, Educação, Planejamento e Ges­tão Pública e Infraestrutura.

Em 24 de abril do ano pas­sado, Pedro Luiz Pegoraro dei­xou a Secretaria Municipal de Infraestrutura, mas continua como titular da pasta de Obras Públicas. Foi substituído por Alexandre Betarello, da Coor­denadoria de Limpeza Urbana (CLU), que posteriormente ce­deu o cargo para Edson Galan Mielli. Em 2017 o governo tu­cano sofreu três baixas no pri­meiro escalão.

Em 29 de novembro, Suely Vilela pediu demissão e deixou a Secretaria Municipal da Edu­cação, sendo substituída por Luciana Andrade Rodrigues. No final de junho, José Carlos Ferreira de Oliveira Filho dei­xou o cargo de secretário mu­nicipal da Cultura e foi subs­tituído pela bailarina Isabella Pessotti. Em agosto, foi a vez de Ruy Salgado Ribeiro deixar a Secretaria Municipal de Plane­jamento e Gestão Pública. Foi substituído por Edsom Ortega Marques, que estava na presi­dência da Companhia Habi­tacional Regional (Cohab-RP) e passou o cargo para Nilson Rogério Baroni.

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