A Divisão de Vigilância Epidemiológica (DVE) da Secretaria Municipal da Saúde (SMS) investiga uma morte por influenza. Neli Prado, de 62 anos, morreu na sexta-feira, 5 de julho, e a família acredita que ela foi a óbito em decorrência do vírus H1N1. A mulher havia sido vacinada 15 dias antes, mas contraiu uma pneumonia e não resistiu.
Por meio de nota, a Secretaria da Saúde informa que “a Vigilância Epidemiológica está investigando a causa da morte da paciente”. Os exames serão feitos pelo Instituto Adolfo Lutz. Se for confirmada a morte por gripe, será o quarto óbito deste ano em Ribeirão Preto em decorrência dos vírus H1N1 e H3N2 da influenza – “gripe A ou suína”.
Um homem de 37 anos, portador de doença neurológica que não tomou a vacina, morreu em 23 de junho. Um senhor de 90 anos e uma mulher de 48 também faleceram após a infecção viral. O homem de 37 anos morreu em um hospital da cidade depois de mais de 20 dias de internação – deu entrada no setor de isolamento em 1º de junho e foi a óbito no dia 23 após contrair o H1N1.
Na mesma data, uma paciente de 48 anos, portadora de diabetes e vacinada contra a influenza em 2019, morreu vítima do mesmo do vírus. Segundo a secretaria, no dia 9 do mês passado um paciente de 90 anos, portador de doença pulmonar crônica e que não foi imunizado, morreu de H3N2. Havia quase um ano que a cidade não registrava óbito causado por algum dos vírus da gripe.
No ano passado, durante quatro meses seguidos, a Secretaria Municipal da Saúde contabilizou 23 mortes em Ribeirão Preto por causa de H1N1 e H3N2 – a popular “gripe A” ou “gripe suína”. Desde agosto, porém não houve mais óbitos na cidade. Segundo o Boletim Epidemiológico da SMS, os óbitos ocorreram em abril (um caso), maio (seis), junho (sete) e julho (nove).
Em 2017 não foi constatado nenhuma morte na cidade, mas em 2016 doze moradores faleceram – em 2018 foram onze a mais, quase o dobro, crescimento de 91,6%. Neste ano, até esta segunda-feira, 1º de julho, a cidade já registrou 17 casos de influenza de 151 investigados já foram confirmados no município – três de Flu A não subtipado, três de Flu B, sete de H1N1 e mais quatro de H3N2. O município fechou o ano passado com 104 ocorrências de Síndrome Respiratória Aguda Grave provocadas por algum tipo de variação do vírus influenza, 63 a mais que os 41 de 2017, alta de 153,6%.
O mais recente balanço da campanha de vacinação contra o vírus influenza (gripe) em Ribeirão Preto, divulgado pelo Programa de Imunização no dia 2, aponta que a cidade já vacinou 203.352 pessoas, sendo 166.949 dos grupos prioritários e 36.403 da população em geral, que desde 3 de junho também tem acesso às doses. A meta de imunizar 90% da população de risco deve ser atingida ainda neste mês.