A Francisco, el Hombre vai desembarcar em Ribeirão Preto nesta semana para duas apresentações da turnê de lançamento do álbum “Rasgacabeza” (Natura Musical), pensado a partir das catarses que aconteciam nos shows da banda. Com o intuito de sintetizar a experiência do ao vivo no registro, o grupo partiu para um trabalho que não é de meios termos, nem de meias palavras. Serão duas apresentações na cidade, na quinta-feira, 4 de julho, e na sexta-feira (5).
Ora soa freak, ora soa punk, ora soa do jeito que tem que soar – fora da caixinha de definições pré-estabelecidas – para fazer reverberar a proposta da banda de expurgar vivências, urgências e o que mais estiver entalado por meio de canções. Agora, “Rasgacabeza” chega aos palcos, espaço que tanto serviu de inspiração para a sua concepção. Como um vírus que se instaurou no sistema (nervoso e criativo), o álbum tira a leveza do quinteto e adiciona tons mais agressivos e industriais à sonoridade.
Isso certamente se reflete no novo show da banda, que tem discurso inflamado por músicas como “Encaldeirando: aqui dentro tá quente”, “Chama adrenalina: gasolina” e “Chão, teto, parede: pegando fogo”. Esta última, inclusive, promete ser a faixa mais explosiva das performances ao vivo, já que a sua coreografia sugere uma entrega total. “É para dançar até cair e suar até a última gota”, diz Mateo Piracés-Ugarte, que forma a Francisco, el Hombre ao lado de Juliana Strassacapa, Sebastián Piracés-Ugarte, Andrei Martinez Kozyreff e Rafael Gomes.
Além das faixas do novo álbum, canções que marcaram a carreira da Francisco, El Hombre e músicas do disco antecessor, “Soltasbruxa” (2016), responsável por abrir os caminhos para a banda, também aparecem no roteiro da apresentação, mas com novos contornos delineados pelo vírus “Rasgacabeza”.
A banda Francisco, el Hombre toca rock, música mexicana, MPB e música latina. Surgiu em 2013, em Campinas, O quinteto mistura elementos musicais do México e do Brasil e outros da América Latina e seus integrantes autodefinem-se como um grupo de “pachanga folk”. Em 2013 lançaram o EP “Nudez”.
Dois anos depois, em abril de 2015, a banda gravou o EP “La Pachanga!”, com seis faixas autorais. Em junho de 2016, lançaram um clipe para a faixa “Calor da rua”, produzida por Curumin e Zé Nigro, que trata de violência doméstica e figuraria no primeiro álbum completo do quinteto, denominado “Soltasbruxa”.
Os shows de Francisco, el Hombre serão às 20h30, tanto na quinta-feira (4) quanto na sexta (5), no Galpão de Eventos do Sesc, que tem capacidade para 400 pessoas em pé. Fica na unidade da rua Tibiriça nº 50, na região central de Ribeirão Preto – entre a avenida Doutor Francisco Junqueira e a rua Visconde do Rio Branco. Mais informações pelo telefone (16) 3977-4477.
O espetáculo não é recomendado para menores de 16 anos e não será permitida a entrada após o início. Os ingressos estão à venda online e no Sesc. Custam R$ 17 (inteira), R$ 8,50 (aposentado, pessoa com mais de 60 anos, portador de necessidades especiais, estudante e servidor da escola pública com comprovante) e R$ 5 (trabalhador do comércio de bens, serviços e turismo credenciados no Sesc e dependentes – credencial plena). A venda é limitada a dois ingressos por pessoa.