A presidente da Companhia de Desenvolvimento Econômico de Ribeirão Preto (Coderp), Guatabi Bernardes Costa Bortolin, vai deixar o comando da empresa de economia mista nos próximos dias por motivos pessoais. A saída dela do cargo foi confirmada ao Tribuna pela prefeitura, mas o governo Duarte Nogueira Júnior (PSDB) ainda não definiu quem irá substituí -la. Esta será a 16ª mudança no alto escalão tucano em dois anos e meio de administração, desde 1º de janeiro de 2017.
São sete baixas e nove remanejamentos. A última havia sido anunciada em 10 de maio, quando Felipe Elias Miguel assumiu a Secretaria Municipal da Educação no lugar de Alberto José Macedo, que estava acumulando o cargo com o de secretário municipal de Governo após o pedido de demissão da ex-secretária Luciana Andrade Rodrigues. Ela deixou o cargo em 11 de abril em meio à crise do setor.
Em 28 de fevereiro, Alberto José Macedo Filho, advogado e procurador autárquico aposentado, entrou no lugar de Nicanor Lopes na Secretaria Municipal de Governo – continua no comando da Casa Civil, já que acumulava os dois cargos. No dia 12 de fevereiro, Duarte Nogueira já havia anunciado os novos secretários municipais do Meio Ambiente e da Infraestrutura. Sônia Valle Walter Borges de Oliveira entrou no lugar de Otávio Okano, que voltou para a Companhia de Tecnologia Ambiental de São Paulo (Cetesb) – é funcionário de carreira –, e Luís Eduardo Garcia ocupou o lugar de Alexandre Betarello, que hoje está no Departamento de Água e Esgotos de Ribeirão Preto (Daerp).
Antes, em 29 de janeiro, Ângelo Roberto Pessini Júnior, que também acumulava o comando das secretarias municipais de Administração e dos Negócios Jurídicos, decidiu ficar apenas como titular da segunda pasta. Em seu lugar assumiu a secretária-adjunta Marine Oliveira Vasconcelos. Em 9 de outubro, o vice-prefeito Carlos Cezar Barbosa (PPS) deixou o cargo de secretário municipal de Assistência Social, sendo substituído por Guido Desinde Filho, gestor do programa social do Restaurante Bom Prato.
Antes, em 26 de junho, o jornalista Guto Silveira deixou a Coordenadoria de Comunicação Social (CCS) e foi para Departamento de Água e Esgotos (Daerp). A também jornalista Rennata Bianco assumiu a chefia da CCS. O governo tucano também promoveu alterações na própria Secretaria de Negócios Jurídicos, em 11 de maio de 2018, quando Alexsandro Fonseca Ferreira deu lugar a Pessini Júnior, e nas pastas de Cultura, Educação, Planejamento e Gestão Pública e Infraestrutura.
Em 24 de abril do ano passado, Pedro Luiz Pegoraro deixou a Secretaria Municipal de Infraestrutura, mas continua como titular da pasta de Obras Públicas. Foi substituído por Alexandre Betarello, da Coordenadoria de Limpeza Urbana (CLU), que posteriormente cedeu o cargo para Edson Galan Mielli. Em 2017 o governo tucano sofreu três baixas no primeiro escalão.
Em 29 de novembro, Suely Vilela pediu demissão e deixou a Secretaria Municipal da Educação, sendo substituída por Luciana Andrade Rodrigues. No final de junho, José Carlos Ferreira de Oliveira Filho deixou o cargo de secretário municipal da Cultura e foi substituído pela bailarina Isabella Pessotti.
Em agosto, foi a vez de Ruy Salgado Ribeiro deixar a Secretaria Municipal de Planejamento e Gestão Pública. Foi substituído por Edsom Ortega Marques, que estava na presidência da Companhia Habitacional Regional (Cohab-RP) e passou o cargo para Nilson Rogério Baroni.
TCE nega recurso
O Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCESP) negou um recurso impetrado pela Coderp contra uma decisão que considerou irregular, uma dispensa de licitação realizada pela prefeitura de Ribeirão Preto no valor de R$ 14,8 milhões.
A irregularidade apontada pelo TCE ocorreu em 2016, na administração da ex-prefeita Dárcy Vera (sem partido), e diz respeito à contratação, pela prefeitura e sem licitação, da Coderp para realização do serviço de processamento de dados, microfilmagem, impressão de formulários e impressão do Diário Oficial do Município (DOM).
Segundo o Tribunal de Contas do Estado, a prefeitura não considerou as determinações legais para esse tipo de acordo e afirmou ser “impossível aferir se os preços praticados em todos os itens deste contrato estavam compatíveis com os de mercado”.