Tribuna Ribeirão
Saúde

Dengue avança e RP já tem mais de 7 mil casos

Mosquito transmissor da Dengue - Divulgação

Com duas mortes por den­gue hemorrágica confirmadas pela Secretaria Municipal da Saúde (SMS), Ribeirão Preto luta para tentar conter o avan­ço da doença, mas os números indicam que o mosquito Aedes aegypti faz cada vez mais víti­mas na cidade, um cenário tí­pico de epidemia. A população deve ficar atenta porque em 80% dos casos o criadouro do vetor está dentro de casa.

Desde 1º de janeiro e até a última terça-feira, 25 de junho, Ribeirão Preto já havia regis­trado 7.263 casos de dengue, 7.059 a mais do que os 204 do primeiro semestre inteiro de 2018, alta de 3.460%, cerca de 35 vezes superior em 176 dias de 2019. Os dados são do Cen­tro de Vigilância Epidemioló­gica da Secretaria Estadual da Saúde, com base em informa­ções passadas pelos municí­pios. O Boletim Epidemiológi­co da Secretaria Municipal da Saúde, com dados compilados até 30 de junho, será divulgado na segunda-feira, 1º de julho.

Em relação ao último re­latório, anunciado no dia 17 e que trazia a confirmação de 6.955 casos, a cidade registrou mais 308 ocorrências de den­gue em oito dias. Neste ano, dentre as já anunciadas vítimas do Aedes aegypti – mosquito transmissor dos vírus da do­ença e também do zika vírus e das febres chikungunya e ama­rela (na área urbana) –, 1.960 são da Zona Leste, mais 1.717 da Norte, 1.479 da Oeste, 1.058 da Central, 693 da Sul e 48 sem identificação de distrito. As áreas dos demais 308 pacientes serão divulgadas na segunda-feira.

Em todo o estado de São Paulo, foram confirmados, até dia 17 de junho, 267.602 casos de dengue e 157 mortes – o re­corde de infecções é de 2015, com 709.445 pacientes e 513 óbitos. Dez cidades concen­tram 47% das vítimas da do­ença e somam 126.364 casos – Ribeirão Preto está em sexto lugar no ranking, atrás de São José do Rio Preto (25.107), Bauru (24.515), Campinas (22.355), Araraquara (12.863) e São Paulo (12.144) e à frente de Birigui (6.836), São Joaquim da Barra (5.410), Barretos (5.059) e Guarulhos (4.812).

Em Ribeirão Preto, a média é de 41 novos pacientes por dia. Grande parte é do soroti­po 2, que é mais forte e contra o qual a população não está imune. Há ainda 18.774 casos sob investigação. O número de vítimas do Aedes aegypti na ci­dade em 176 dias deste ano já é 2.580% superior ao total do ano passado, quando Ribeirão Preto contabilizou 271 ocor­rências – são 6.992 pacientes a mais em 2019, ou quase 27 vezes superior.

Neste ano, Ribeirão Preto registrou 242 casos de dengue em janeiro, 623 em feverei­ro, 1.550 em março, 2.807 em abril, 1.620 em maio, 117 até dia 17 de junho e mais 308 cujos meses de incidência se­rão divulgados na segunda-fei­ra, quando os dados serão atu­alizados. Em 2018, foram 45 ocorrências no primeiro mês, 37 no segundo, 28 no terceiro, 42 no quarto, 35 em maio, 17 em junho, onze em julho, cin­co em agosto, um em setem­bro, seis em outubro, cinco em novembro e 38 em dezembro.

No ano passado, das 271 pessoas picadas pelo vetor, 90 eram da Zona Leste, mais 73 na Oeste, 51 na Norte, 37 na Sul e 19 na Central, além de um caso sem identificação do distrito. Em 2017, foram re­gistrados 246 casos, o volume mais baixo dos últimos doze anos. Em 2014 foram 398 registros. Nos demais oito anos os casos confirmados foram superiores a mil, em alguns deles passando de dez mil registros, como em 2016 (de 35.043 casos), 2010 (de 29.637), 2011 (de 23.384) e 2013 (de 13.179). O terceiro menor registro de casos ocor­reu em 2012, com 317.

O secretário da Saúde de Ribeirão Preto, Sandro Scar­pelini, afirma que o trabalho de combate e prevenção à den­gue na cidade está sendo feito sem trégua. São ações diárias, com equipes de agentes de combate a endemias nas ruas com campanhas de conscien­tização, treinamentos de equi­pes e nebulização frequente e os números estão dentro dos parâmetros aceitáveis, se com­parado às demais cidades do Estado. Ele pede à população que colabore e elimine reci­pientes que possam acumular água, potenciais criadouros do Aedes aegypti.

Em 25 de abril, a secretaria confirmou duas mortes por dengue hemorrágica em Ri­beirão Preto. Os pacientes são um homem de 73 anos, hospi­talizado durante 16 dias, por­tador de cardiopatia e que evo­luiu com pneumonia e morreu no dia 22, e uma mulher de 44 anos, também portadora de doenças associadas que estava internada na Unidade de Pron­to Atendimento (UPA) da ave­nida Treze de Maio, no Jardim Paulista, e faleceu no mesmo dia, com diagnóstico definiti­vo do dia 23. Em um dos casos a sorologia já demonstrou ser do tipo 2. O homem morava na Zona Leste e a mulher, na região central. Ribeirão Preto também registrou um caso de febre chikungunya neste ano, em janeiro.

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