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Rosa flor, Rosa mulher

Acredito que não há nada mais romântico do que ofertar a sua amada, em qualquer ocasião, uma rosa, de preferência vermelha, cor da paixão, do amor e do carinho, pois afinal de contas todo momento deve ser vivido e compartilhado com amor e reciprocidade.

Quantas vezes deixamos de demonstrar e viver um sentimento, através de um gesto simples de ofertar uma rosa a quem se ama, e depois percebemos que o momento já se foi, que a pessoa amada já não está mais na sua vida e que aquela oportunidade foi desperdiçada e não volta mais.

Pesquisando aqui e acolá sobre o emprego da palavra “rosa” na música popular brasileira, fiquei encantado com o uso da mesma pelos compositores e o quanto ela foi significativa em cada letra composta, e, posteriormente interpretada por maravilhosos cantores.

Cartola, o poeta da Mangueira, eternizou a rosa na sua maravilhosa canção “As rosas não falam”. De forma singela, angelical e poética disse assim a quem queira ouvir e sentir a pureza do amor: “Queixo-me as rosas, mas que bobagem, as rosas não falam, simplesmente as rosas exalam o perfume que roubam de ti, ai”.

Quando pequeno, minha mãe escutava muito Taiguara, adorava esse cantor e compositor. Lembro-me de um dia, ela cantando ao meu ouvido a música “Modinha”, de Sérgio Bittencourt, gravado por ele, e nunca me esqueci da suavidade e beleza dessas palavras:

“Olho a rosa na janela
Sonho um sonho pequenino
Seu eu pudesse ser menino
Eu roubava essa rosa
E ofertava todo prosa
À primeira namorada”

A rosa também foi exaltada por Dorival Caymmi, só que essa Rosa é uma mulher linda, charmosa e atraente, a Rosa morena, morena Rosa, mulher idealizada e desejada pelos homens:
“Rosa, morena!
Aonde vais morena Rosa?
Com essa rosa no cabelo
E esse andar de moça prosa
Morena, morena Rosa.
Rosa morena
O samba está esperando
Esperando pra te ver.
Deixa de lado
Esta coisa de dengosa
Anda Rosa, vem me ver.
Deixa da lado esta pose,
Vem pro samba, vem sambar
Que o pessoal tá cansado de espera,
Ô Rosa”.

Nosso poetinha Vinícius de Moraes, homem apaixonado pela vida e pelas mulheres, teve como figura central na sua obra o feminino que foi cantado em verso, vida e música. Ele dizia que a mulher é o ser com que ele melhor se entendeu, que mais lhe deu, que mais o ensinou em toda a vida, desde menino. Dentre as mulheres, uma delas foi Rosa, eternizada na canção “Samba da Rosa”:
Rosa pra se ver, pra se admirar.
Rosa pra crescer, Rosa pra brotar.
Rosa pra viver, Rosa pra se amar.
Rosa pra colher e despetalar.
Rosa pra dormir, Rosa pra acordar
Rosa pra sorrir,Rosa pra chorar
Rosa pra partir, Rosa pra ficar
E se ter mais uma rosa mulher
É primavera, É a rosa em botão
Ai, quem me dera
Uma rosa no coração.

Ana Carolina também falou de rosas, dizendo que é feita pro amor da cabeça aos pés, que não faz outra coisa do que se doar. Se causou alguma dor, não foi por querer e nunca teve a intenção de te machucar. Disse ela:
“Porque eu gosto é de rosas
E rosas, e rosas
Acompanhadas de um bilhete
Me deixam nervosa
Toda mulher gosta de rosas
E rosas, e rosas
Muitas vezes são vermelhas
Mas sempre são rosas”.

Salve o perfume da rosa, flor, mulher, morena.

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