Já tivemos varrição com máquinas
As notícias sobre a não prorrogação do contrato para a coleta do lixo e de serviços complementares chegaram a uma “novidade” que foram incorporadas às tarefas nos últimos anos: a varrição por máquinas das vias públicas. O serviço de limpeza que de há muito vinha sendo realizado pelos funcionários municipais possuía um senhor de nome Clodoaldo, conhecido como “professor Pardal” pelas suas invenções. Ele desenvolveu um sistema de varrição com escovas e com borrifos de água para impedir o pó no momento dos serviços que cumpria as tarefas de forma rápida. Os tratores engatavam o sistema e o transportavam pelas vias dos bairros. Muitos copiaram a ideia que agora volta com novos maquinários.
O nó da questão
Muitas vezes a empresa que realizava os serviços de limpeza urbana, colocava quilômetros a mais nas tarefas realizadas e aí que residia o problema da falta de fiscalização. Todos se lembram de que o Bosque Municipal teve a maior quilometragem de vias internas quando da prestação de contas da limpeza feita por empresa particular. Nos bairros a limpeza era feita apenas nas avenidas e ruas principais, garantiam as donas de casa que precisavam varrer o leito carroçável das vias públicas.
Fotoshop na limpeza
Para disfarçar a sujeira com contrato para limpeza não realizada os responsáveis pintavam as guias de branco e caiavam as arvores até a altura de um metro e meio. Davam a impressão de higienização da via, um verdadeiro fotoshop da limpeza pública. O serviço era realizado principalmente quando visitava autoridade importante ao município.
Maluf mudou o trajeto e flagrou lixo
Certa feita o governador Maluf veio visitar Ribeirão Preto com o chamado Trem do Governo Paulista, ou coisa parecida. Chegou a estação da Fepasa e foi recebido pelo prefeito, com quem não estava bem relacionado. O repórter Wilson Toni, pela 79, no programa “Morandini, Larga Brasa “divulgava a notícia que a administração havia retirado todos os entulhos da av. Paschoal Innechi, Meira Júnior e Independência e levara para a rua XI de Agosto. O serviço foi de transferência do lixo e não de limpeza. Maluf que havia ouvido nos vagões do trem a reclamação dos moradores determinou ao seu motorista que comandava a comitiva para mudar o trajeto para a rua XI de Agosto. Flagrou toda a sujeira e serviu para ele passar uma reprimenda ao prefeito da época. O pessoal do bairro ficou feliz, mas continuou com o lixo próximo de suas residências.