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Turismo

Agências de viagens paulistas devem contratar 20% a mais nos próximos meses

As agências de viagens do Estado de São Paulo – maior emissor de turistas nacionais, um dos principais portões de entrada de estrangeiros no país e o primeiro destino procurado por viagens a negócios – demonstraram intenção de aumentar em até 20% o número de empregados nos próximos cinco meses. O resultado faz parte de sondagem inédita realizada pelo Ministério do Turismo com mais de 400 agências de viagens paulistas. Em todo o Brasil, o levantamento contou com 2 mil empresas do ramo.

As empresas consultadas também indicaram perspectiva de crescimento de 63% no faturamento e 62% na oferta de serviços. O sentimento para os próximos meses indica otimismo, se comparado com os resultados do 1º trimestre do ano. Segundo as agências paulistas, de janeiro a março, 31% delas indicaram alta na receita, 10% no aumento do número de empregados e 38% na demanda pelos serviços ofertados. 

Durante a sondagem, o MTur apresentou ainda as cidades mais procuradas pelos paulistas nestas agências. Maceió (AL) aparece como o principal destino, seguido de Natal (RN), Fortaleza (CE), Porto Seguro (BA) e Ipojuca (PE). A maioria dos viajantes buscam sol e praia (48%). Em segundo lugar, entram os passeios de cunho cultural ou em patrimônios históricos com 15% e viagens a negócios/trabalho (10%). 

Para o ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, o estado de São Paulo é destino estratégico para o crescimento do setor no país, principalmente focado na geração de emprego e renda, bem como na qualificação da oferta turística e no fortalecimento da imagem do Brasil como o maior destino turístico da América Latina. “São Paulo recebeu, no ano passado, 2,2 milhões de turistas estrangeiros e continua sendo o estado com o maior número de chegadas internacionais no país. Além disso, é campo fértil para viagens a negócios e ainda está entre os cinco destinos mais procurados a lazer. É um importante indutor de crescimento do nosso turismo”, pontua o ministro.

MERCADO – Outro ponto inovador da pesquisa feita pelo Ministério do Turismo é a medição dos estados de origem de cada uma das agências consultadas com os destinos escolhidos pelos viajantes. O objetivo é contribuir, de forma antecipada, com as ações de promoção, bem como oferta de serviços das agências e destinos turísticos brasileiros. A pesquisa auxilia as empresas do setor de agenciamento de viagens a avaliarem nichos de mercados a serem melhor explorados.

Com esta sondagem, por exemplo, é possível identificar que os turistas das agências paulistas consultadas pela pesquisa não têm Rondônia como destino, enquanto São Paulo e Bahia são os estados mais demandados pelos viajantes. “Informações com estas mostram que a qualificação dos serviços turísticos, bem como o aumento da competitividade do setor de viagens traz benefícios principalmente aos turistas, com preços mais acessíveis e mais opções de ofertas em todos os destinos nacionais, além de ganhos de mercado para as agências”, destaca o ministro do Turismo.

O ESTUDO – A Pesquisa de Sondagem Empresarial das Agências e Organização de Viagens está em sua primeira edição e será realizada semestralmente pelo Ministério do Turismo. O estudo é uma expansão da sondagem já realizada com o setor hoteleiro e pretende avaliar a percepção de desempenho, no cenário atual e futuro, das agências e operadores turísticos, além de identificar o comportamento do consumidor sob a perspectiva dos empresários para os períodos de alta temporada.

Para o subsecretário de Inovação e Gestão do Conhecimento do Ministério do Turismo, Marcelo Garcia, área responsável pelo estudo, este novo nicho atua diretamente com o consumidor (potencial ou real) de viagens. “Além de informações sobre o desempenho da empresa, o setor de agências e operadores representa uma potencial fonte de informações sobre o comportamento de consumo do mercado doméstico, em especial para a projeção da demanda com informações sobre motivo de viagem, segmento turístico de interesse e principais destinos demandados”, destaca. Segundo o subsecretário, a ideia é aumentar cada vez mais o número de agências consultadas pela pesquisa.

Edição: Victor Alves

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