A prévia da inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), ficou em 0,06% em junho. A taxa é inferior ao 0,35% de maio e é a menor para o mês de junho desde 2006 (-0,15%). O dado foi divulgado nesta terça-feira, 25 de junho, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com o resultado da prévia, o IPCA-15 acumula inflação de 1,13% no trimestre, de 2,33% no ano e de 3,84% em 12 meses.
A desaceleração da inflação foi provocada principalmente pela queda de preços (deflação) de 0,64% dos alimentos. Entre os itens com maior queda de preços, destacam-se o feijão-carioca (-14,99%), tomate (-13,43%), feijão-mulatinho (-11,48%), batata-inglesa (-11,30%), feijão-preto (-8,84%) e frutas (-5,25%). A alimentação fora de casa também teve deflação (-0,33%). A queda de preços de 0,67% dos combustíveis também teve impacto no recuo da taxa do IPCA-15.
A gasolina, que havia tido inflação de 3,29% em maio, acusou uma alta de preços de apenas 0,10% em junho. Já o etanol registrou deflação de 4,57%. Apesar disso, os transportes registraram inflação de 0,25% por conta da alta de 18,98% nos preços das passagens aéreas no mês. Os grupos que tiveram as maiores taxas de inflação e evitaram uma queda maior do IPCA-15 foram saúde e cuidados pessoais (0,58%) e habitação (0,52%).
A conta de luz aumentou 0,64% em junho, após já ter subido 0,72% em maio. Após a vigência da bandeira tarifária amarela em maio, com cobrança de R$ 0,01 por quilowatt/hora consumido, a bandeira verde voltou a vigorar em junho, eliminando a cobrança adicional. Já o gás de botijão subiu 0,34%, após o reajuste de 3,43% concedido pela Petrobras, nas refinarias, a partir de 5 de maio.