Tribuna Ribeirão
Esportes

Futuro de Vadão está nas mãos de Caboclo

Um dia depois de o Brasil ser eliminado pela França nas oitavas de final do Mundial Fe­minino, o coordenador de sele­ções femininas da CBF, Marco Aurélio Cunha, afirmou nesta segunda-feira, em Le Havre, que o futuro do técnico do time nacional, Vadão, está nas mãos do presidente da entidade, Ro­gério Caboclo.

O dirigente evitou projetar a continuidade ou a possível saída do comandante, assim como elogiou o trabalho reali­zado pelo treinador. A elimina­ção da equipe brasileira ocor­reu com uma derrota por 2 a 1 para as francesas, anfitriãs da competição, em confronto de­finido apenas na prorrogação no último domingo.

“Acho que ele (técnico da seleção) fez uma ótima Copa (do Mundo), independente­mente das críticas de costume contra ele. Agora quem decide o futuro da seleção é o presi­dente da CBF. Sou tão funcio­nário da CBF quanto o Vadão”, ressaltou Marco Aurélio, em entrevista coletiva na porta do hotel onde o time de Marta es­tava hospedado, antes de seguir ao aeroporto para embarcar no voo de volta ao Brasil.

O coordenador também dei­xou claro que estaria preparado para a sua própria demissão do cargo que ocupa atualmente. “Se (os dirigentes) acharem, chegan­do ao Brasil, que nosso tempo (dele e de Vadão) deu, a gente vai entender. Se quiserem que a gente prossiga, a gente prosse­gue. Estou com a minha cons­ciência absolutamente tranquila. Fiz tudo o que eu pude por essa seleção”, completou o dirigente.

Marco Aurélio ainda exaltou o desempenho da seleção brasi­leira no Mundial, no qual, antes da eliminação sofrida diante das francesas, conquistou vitórias sobre Jamaica (3 a 0) e Itália (1 a 0), além de ter sido derrotada pela Austrália (3 a 2) na fase de grupos da competição.

“Foi uma derrota muito so­frida, mas extremamente hon­rosa. A gente sai com o espírito altamente elevado pelo que elas (jogadoras brasileiras) fizeram. Não é fácil jogar para 30 mil pessoas torcendo para o time da casa, protagonista, anfitrião, mas o Brasil foi muito bem. A bola nossa não entrou e a delas entrou. É triste, mas é gratifican­te ver que nós temos jogadoras neste nível”, analisou.

Após cair no Mundial, a seleção feminina foca como o seu próximo principal objetivo a Olimpíada de Tóquio-2020, competição para a qual já as­segurou classificação ao con­quistar o título do Copa Amé­rica no ano passado. Depois do torneio continental, o time nacional amargou uma sequ­ência de nove derrotas conse­cutivas e chegou ao Mundial desacreditado, mas evoluiu e exibiu um papel digno no tor­neio realizado na França.

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