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Justiça aceita pedido de recuperação judicial da Odebrecht

A Justiça de São Paulo acei­tou o pedido de recuperação judicial do Grupo Odebrecht. A holding controladora e mais 19 empresas do grupo deverão apresentar um plano de recupe­ração em até 60 dias. Serão re­negociadas dívidas em um total de R$ 51 bilhões, excluindo dí­vidas entre as próprias empre­sas do grupo e que não podem ser negociadas dessa forma, como créditos trabalhistas. O montante total de dívidas chega a R$ 83,6 bilhões.

A administração judicial será feita pela Alvarez & Marsal. O juiz João de Oliveira Rodrigues Filho, da 1ª Vara de Falências de São Paulo, determinou prazo de 15 dias para que sejam apresen­tadas divergências sobre as dí­vidas colocadas no processo. O magistrado também suspendeu todas as execuções judiciais con­tra as empresas como forma de proteger as operações das com­panhias. As dívidas decorrentes de condenações trabalhistas serão incluídas diretamente no quadro de credores.

O juiz reconheceu ainda a relação de interdependência entre as diversas empresas do grupo e, por isso, a necessidade de um processo que promova a recuperação conjunta de todas as companhias. Nesse sentido, foram protegidas as participa­ções societárias em empresas fora do acordo, como a Braskem e da Ocyan, que atuam nos ra­mos petroquímico e de perfura­ção de petróleo. Essas ações não poderão ser usadas para saldar dívidas fora do processo, ain­da que tenham sido colocadas como garantia desses créditos.

Também estão fora do pro­cesso de recuperação a Ode­brecht Transport S.A., Enseada Indústria Naval S.A., Odebrecht, a Corretora de Seguros, a Ode­brecht Previdência e a Fundação Odebrech, assim como alguns ativos operacionais na América Latina e suas respectivas subsi­diárias. A Atvos Agroindustrial S.A. já está em recuperação judi­cial em outro processo, por isso, não foi incluída neste.

O grupo Odebrecht, que chegou a ter mais de 180 mil empregados há cinco anos, hoje conta com 48 mil. A Ode­brecht atribui esse resultado à “crise econômica que frustrou muitos dos planos de investi­mentos feitos pela ODB, ao im­pacto reputacional pelos erros cometidos e à dificuldade pela qual empresas que colaboram com a Justiça passam para vol­tar a receber novos créditos e a ter seus serviços contratados”.

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