Um dia após a derrota para o Atlético Mineiro por 2 a 1 no Pacaembu, o elenco do Santos se reapresentou nesta sexta-feira decepcionado pela eliminação na Copa do Brasil, a terceira em uma competição nesta temporada, e com um desabafo na entrevista coletiva concedida no CT Rei Pelé pelo meio-campista Carlos Sánchez. O uruguaio tem atuado diversas vezes diferente da sua posição de origem, aberto pelo lado direito, e reclamou das críticas que recebe pelo desempenho exibido quando exerce tal função.
“Fico muito triste, recebo muitas críticas e estou disposto a isso, mas às vezes é injusto porque é uma posição que não é a minha. Receber críticas jogando como meia é pior. Muitas coisas atrapalham meu trabalho como meia ou ponta, falei com a comissão técnica”, afirmou Sánchez.
Originalmente, o uruguaio costumava jogar centralizado no meio-campo. Mas tem sido utilizado diversas vezes no Santos pela direita, seja como um meia, um ponta ou até mesmo como um ala, quando o técnico Jorge Sampaoli dá um descanso a Victor Ferraz e utiliza três zagueiros.
Sánchez, porém, deixou claro que conversou com a comissão técnica e indicou que prefere não ser escalado quando for em função diferente da qual é especialista. “Se não tenho chance na posição de meia, prefiro esperar uma oportunidade. E quando decidirem, jogarei. Me sinto mal, recebi muitas críticas pelo meu jogo, em uma posição que não é minha. Sempre trato de brigar pela equipe. Bem ou mal, deixo tudo em campo”, comentou.
Considerado um dos principais jogadores do elenco santista, Sánchez participou de 29 partidas oficiais do time na temporada, só tendo entrado menos vezes em campo do que Jean Mota (31 jogos) e Victor Ferraz (30) e estando empatado nesse quesito com Diego Pituca e Gustavo Henrique.
Visivelmente abatido em sua entrevista coletiva, Sánchez reconheceu que o Santos teve atuação ruim no revés para o Atlético-MG e apontou que o time precisa evoluir para ter êxito no Campeonato Brasileiro, único torneio que lhe resta nesta temporada. “Temos muito a melhorar, isso não pode acontecer mais”, disse.