Tribuna Ribeirão
Política

Palocci e Lula são réus em nova ação

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, os ex-ministros Antônio Palocci, Paulo Ber­nardo e o empresário Mar­celo Odebrecht viraram réus na Justiça Federal de Brasília, acusados de receberem propi­na da empreiteira em troca de apoio político. O juiz Vallisney de Souza Oliveira, da 10ª Vara Federal de Brasília, aceitou a denúncia oferecida pelo Minis­tério Público Federal (MPF).

“A peça acusatória está jurí­dica e formalmente apta e des­critiva”, escreveu o juiz Vallis­ney em sua decisão de apenas duas páginas, acrescentando que ela veio “acompanhada de documentação pertinente (ví­deos, mensagens de e-mails, planilhas, relatórios policiais e outros documentos)”. O recebi­mento da denúncia não signifi­ca a condenação. Os réus ainda serão julgados e, só ao fim do processo, serão considerados culpados ou inocentes.

De acordo com a denún­cia, a Odebrecht prometeu R$ 64 milhões a Lula e outros in­tegrantes do PT em 2010 em troca de decisões políticas que beneficiassem a empresa. Entre essas decisões está, por exemplo, o aumento da linha de crédito do Banco Nacional de Desen­volvimento Econômico e Social (BNDES) para obras tocadas pela companhia em Angola.

Uma das contrapartidas pedidas pela Odebrecht seria o aumento de um empréstimo concedido a Angola pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) no valor de R$ 1 bilhão. Depois disso, a empresa, contratada para realizar obras na Angola, recebeu parte dos valores.

Lula, Palocci e Paulo Ber­nardo são suspeitos de terem recebido o valor em propina da empresa. De acordo com o MPF, o dinheiro teria sido colocado à disposição do PT. Os três são acusados do crime de corrupção passiva. Na Odebrecht, além de Marcelo, outros dois executivos ligados à empresa viraram réus: Ernesto Sá Vieira Baiardi e Luiz Antônio Mameri. Os três são acusados de corrupção ativa.

A defesa de Lula diz que a abertura da ação penal “re­força o uso perverso da lei e dos procedimentos jurídicos para fins políticos”. Segundo a nota, assinada pelo advogado Cristiano Zanin, “Lula jamais solicitou ou recebeu qualquer vantagem indevida antes, du­rante ou após exercer o cargo de Presidente da República”.

“Lula sequer foi ouvido na fase de investigação, uma vez que claramente não tem qualquer relação com os fa­tos. Seu nome somente foi in­cluído na ação com base em mentirosa narrativa apresen­tada pelo delator que recebeu generosos benefícios para acusar Lula”, diz a nota.

O juiz Vallisney também deu um prazo de dez dias para que os réus possam se manifestar, “oportunidade em que poderão exercer a ampla defesa e, ainda, arrolar testemunhas (com for­necimento de completa qualifi­cação e endereços respectivos)”.

A denúncia foi feita inicial­mente pela Procuradoria-Geral da República (PGR), quando o processo estava no Supremo Tribunal Federal (STF). Depois, parte dele, incluindo a parte envolvendo Lula, desceu para a primeira instância. Lá, a Procu­radoria da República no Distrito Federal ratificou a denúncia.

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