Tribuna Ribeirão
Política

Maia prevê aprovar Previdência no até começo de julho

Foto: Agência Brasil

O presidente da Câma­ra dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), previu nesta segunda-feira, 3, que a Casa deve aprovar a reforma da Previdência no fim de junho ou no início de julho. Ele disse que está inclusive cancelando viagens de parlamentares pro­gramadas para depois de 20 de junho para garantir o quó­rum necessário.

Maia afirmou que começou esta semana a falar com lide­ranças para ver a questão dos votos no plenário. “Não pode­mos ir para o plenário com o risco de perder”, disse.

Para ele, é preciso ter 350 votos contabilizados para assegurar uma aprovação com folga. Uma mudança na Constituição precisa de 308 votos em dois turnos para ser aprovada na Casa.
O presidente da Câmara afirmou ainda que, resolvendo algumas questões pendentes, como a permanência de Esta­dos e municípios, a transição para servidores públicos e o abono salarial, é possível cons­truir “maioria consistente”.

Ele não detalhou quaisquer mudanças, mas, questionado sobre uma possível retirada da mudança no pagamento do abono salarial, ele disse que “não vai sair”. A proposta do governo restringe o pagamento do benefício a quem ganha até um salário mínimo – hoje ele é repassado a trabalhadores que ganham até dois salários.

Estados e municípios
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), voltou a defender a permanência de Estados e municípios na reforma da Pre­vidência. Ele reconheceu, po­rém, a resistência de deputados favoráveis à proposta em as­sumir o ônus político no lugar de parlamentares aliados a go­vernadores de oposição, que se posicionam contra a reforma apesar da má situação financei­ra desses Estados.

“É ruim para o Brasil, mas eu entendo essa equação. Se os deputados que têm ligação com o governador A votam contra, significa que esse governador está transmitindo para os seus deputados que não precisa aprovar a Previdência, não é um problema”, afirmou Maia.
Caso esses governadores não entrem em campo para convencer parlamentares alia­dos da necessidade da refor­ma, o presidente da Câmara disse que os Estados correm o risco de ficar de fora.

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