Tribuna Ribeirão
Política

Número de vereadores – Propostas vão para CCJ na sexta–feira

As duas propostas que de­ram entrada na Câmara de Ri­beirão Preto, sobre o número de vereadores para a próxima legislatura (2021-2024), serão encaminhadas para a Comissão de Constituição, Justiça e Reda­ção (CCJ) nesta sexta-feira, 7 de junho. Um dias antesm na quin­ta-feira (6), terminam os trâmi­tes regimentais que antecedem a análise da constitucionalidade dos dois projetos pelos integran­tes da CCJ.

Por se tratar de emenda à Lei Orgânica do Município – con­siderada a “Constituição Muni­cipal” –, o projeto teve que tra­mitar por três sessões seguidas. Além disso, deverá ser votado em duas reuniões extraordiná­rias, com intervalo de dez dias entre elas, e para que seja apro­vado vai precisar de maioria qualificada de votos – 18 dos 27 vereadores, ou dois terços.

Segundo os artigos 63 e 64 do Regimento Interno da Câ­mara, após o recebimento dos projetos a CCJ terá 48 horas para nomear o relator e dez dias para dar o parecer sobre a constitu­cionalidade ou não das propos­tas. No entanto, a comissão pode utilizar brechas regimentais para ampliar este prazo.

Serão analisadas as propos­tas de Maurício Vila Abranches (PTB) e de Marco Antonio Di Bonifácio, o “Boni” (Rede). O petebista propõe a manu­tenção das atuais 27 cadeiras legislativas sob o argumento de que a permanência dos 27 vereadores não afetará o orça­mento da Câmara, que será o mesmo independentemente do número de parlamentares.

“Um dos princípios da de­mocracia é a representativida­de. Sendo assim, se diminuir­mos o número de vereadores, várias regiões da cidade dei­xarão de ser representadas”, garante o autor do projeto que mantém 27 cadeiras na Câ­mara de Ribeirão Preto. Já a proposta de “Boni” determina o corte Ed quatro vagas e a re­dução para 23 parlamentares.

Segundo o parlamentar, para elaborar o projeto ele pesquisou uma lista de cidades brasileiras com população entre 500 mil e um milhão de habitantes e cal­culou a média do número de vereadores. O resultado foi que cada legislador representa cerca de 28.291 pessoas.

“Consequentemente, nossa cidade comportaria 24,62 ve­readores. Minha proposta re­duz para 23, número que não comprometeria a representa­tividade por estar próximo à média e, sendo um número ímpar, proporcionamos tam­bém ao presidente da Câma­ra a condição do desempate numa votação”, argumenta.

Também está no Legislati­vo uma terceira proposta, que propõe o corte de sete vagas de vereadores, reduzindo o total de 27 para 20. O projeto não foi lido em plenário porque para seguir os trâmites legislativos ele pre­cisa da adesão – assinatura – de nove parlamentares. Foi exata­mente com base nessa proposta que a discussão ganhou a mídia, as redes sociais e virou tema de debate político.

Os vereadores Lincoln Fer­nandes (PDT), presidente da Câmara, e Isaac Antunes (PR), presidente da Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJ), protocolaram projeto que propõe a redução das atu­as 27 para 20 cadeiras. Até o momento, apenas Jean Corauci (PDT) aderiu a esta ideia. A pro­posta de Vila Abranches man­tém a quantidade atual e outra, de autoria de “Boni”, baixa o número para 23 parlamentares. Essas emendas já conseguiram nove adesões cada.

Nesta semana, serão en­caminhados para a Comissão de Constituição, Justiça e Re­dação e, caso recebam parecer favorável, vão a plenário. A primeira proposta a ser votada será a de Vila Abranches, que foi protocolada antes. O prazo para conclusão da votação vai até outubro, como determina o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) – um ano antes da elei­ção municipal de 2020.

A discussão ganhou força depois da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) – em fevereiro do ano passado defi­niu que a Câmara de Ribeirão Preto poderia ter 22 vereado­res a partir da próxima legisla­tura. São cinco a menos do que os atuais 27 parlamentares. Os ministros já haviam declarado, em 2017, a constitucionalidade da emenda à LOM que deter­minava o corte, mas faltava a modulação – se a regra vale­ria já nesta legislatura (2017- 2020) ou para a próxima, que começa em 2021 e vai até 2024.

No entanto, o corte de cin­co cadeiras no Legislativo vai depender da própria Câmara e dos atuais vereadores. Com base na decisão do STF, eles podem aprovar nova emenda à Lei Orgânica até outubro deste ano e garantir a manutenção das 27 cadeiras, como propõe Abranches. Ou, como querem Fernandes, Antunes e Corauci, cortar mais sete vagas e chegar a 20. Ou então manter 23 ga­binetes, segundo a proposta de “Boni”. A cidade teve 20 verea­dores até 2012 – em dezembro de 2010, os vereadores aprova­ram o aumento para 27.

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