Tribuna Ribeirão
Cultura

Almir Sater e a viola de 10 cordas

Almir Sater tem data para desembarcar mais uma vez em Ribeirão Preto, no 31 de agos­to, no Theatro Pedro II, um sá­bado, para um show com uma hora e meia de duração, com início às 21 horas.

Ele sobe ao palco, acom­panhado por sua viola de dez cordas, mais conhecida como viola caipira, e mostra ao pú­blico alguns clássicos de sua carreira como “Tocando em Frente”, “Chalana”, “Trem do Pantanal” e os projetos mais atuais AR (Grammy Latino 2016) e +AR (2018) em parce­rias com Renato Teixeira, “D De Destino”, “Bicho Feio”, “As­sim Os Dias Passarão”, “Venha Me Ver” entre outras.

Almir Sater tornou-se um dos responsáveis pela preser­vação da viola de 10 cordas.
Reinventada, o músico acrescentou um toque mais sofisticado ao instrumento, temperado com estilos estran­geiros como o blues, o rock e o folk, uma mistura de música folclórica, erudita e popular, considerada atemporal. O seu último CD, “7 Sinais (2006)”, traz um repertório eclético e inovador e conta com parti­cipações especiais dos sanfo­neiros Dominguinhos e Luiz Carlos Borges.

Nos anos 90 ganhou três prêmios Sharp com as canções “Moura” (como melhor música instrumental e solista) e como coautor de “Tocando em fren­te”, (considerada um “hino” motivacional da música bra­sileira) como melhor canção na voz de Maria Bethânia, em parceria com Renato Teixeira.

Na mesma década estreou como ator na telenovela “Pan­tanal” (de Benedito Ruy Bar­bosa) pela Rede Manchete, em 1990. Em 1991 protagonizou, ao lado de Ingra Liberato a no­vela “A História de Ana Raio e Zé Trovão”, de Marcos Caruso, pela mesma emissora. Para­lelamente na mesma época, Almir Sater estabeleceu ricas parcerias com Renato Teixeira e Paulo Simões, que criou ver­dadeiras pérolas do cancionei­ro regional-popular. Com Sér­gio Reis o artista fez parcerias somente em novelas.

Os personagens vividos pelo ator possuíam essas carac­terísticas similares como em O Rei do Gado, de Benedito Ruy Barbosa, pela Rede Globo, entre 1996 e 1997, onde seu personagem fazia dupla com o personagem de Sérgio Reis, “Pirilampo & Saracura”, tendo gravado, inclusive, músicas na trilha sonora da novela. Sua última aparição como ator foi em 2006 na telenovela “Bicho do Mato”, de Bosco Brasil e Cristianne Fridman (remake da telenovela homônima, de Chico de Assis e Renato Cor­rêa e Castro exibida pela Rede Globo em 1972), pela Rede Record, em que interpretava o personagem Mariano.

Em 2010 o artista foi um dos convidados para o especial e gravação do DVD “Emoções Sertanejas”, em homenagem aos 50 anos de carreira de Roberto Carlos. Interpretou a canção “O quintal do vizinho”. Em 2012 foi apontado pela Revista Rolling Stone Brasil entre os 30 maio­res instrumentistas da guitarra e violão da música brasileira.

Em dezembro de 2015, Almir Sater e Renato Teixeira lançaram o álbum “AR” nas plataformas digitais, com dez músicas inéditas compostas pela dupla, em que navegam pelas vertentes do country ao folk, sem perder sua essência, agregando ao purismo da música caipira e seus ritmos genuínos. Por este álbum, ga­nharam em 2016 os prêmios de melhor dupla regional na 27ª edição do Prêmio da Mú­sica Brasileira e de Melhor Álbum de Música Regional ou de Raízes Brasileiras no 17º Grammy Latino.

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