A campanha de vacinação contra o vírus influenza (gripe) termina nesta sexta-feira, 31 de maio, em todo o país, inclusive em Ribeirão Preto. Há uma grande possibilidade de prorrogação, mas a Secretaria Municipal da Saúde ainda não foi notificada pela pasta estadual. Segundo o Ministério da Saúde, a partir de segunda-feira, 3 de junho, as doses restantes serão disponibilizadas para toda a população, e não apenas para quem faz parte de algum dos grupos prioritários.
Até esta quarta-feira (29), em todo o país, haviam sido imunizadas 44,6 milhões de pessoas que buscaram os postos de vacinação, o que representa 75% do público-alvo. A meta do ministério é vacinar 90% desta população, formada por 59,4 milhões de pessoas – faltam 14,8 milhões. Dois estados já bateram a meta: Amazonas (94,4%) e Amapá (94,7%). Os estados com menor cobertura vacinal são Rio de Janeiro (57,6%), Acre (64,9%) e São Paulo (65,4%).
Neste ano, até 11 de maio, foram registrados 807 casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag) por influenza em todo o país, com 144 mortes. Até o momento, o subtipo predominante no país é o vírus influenza A (H1N1), com registro de 407 casos e 86 óbitos. Segundo recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS), a vacina de 2019 preveni a população-alvo contra o vírus influenza dos tipos A (H1N1), A (H3N2) e B.
É produzida pelo Instituto Butantan, unidade vinculada à secretaria, que neste ano disponibilizou 64 milhões de doses ao Ministério da Saúde para a realização da campanha em todo o Brasil. O último balanço parcial em Ribeirão Preto, divulgado pelo Programa de Imunização da Secretaria Municipal da Saúde na segunda-feira (27), aponta que já foram vacinadas 129.276 pessoas na cidade desde 10 de abril, atingindo uma cobertura de 68,7% dos grupos prioritários – faltam 58.696 (ou 31,3%) – nas contas do Tribuna.
Já foram vacinadas 20.914 crianças, 20.154 trabalhadores da saúde, 3.176 gestantes, 1.161 puérperas (mulheres que deram à luz há até 45 dias), 3.046 professores, 55.101 idosos, 20.920 pessoas com comorbidades e 4.797 de outros grupos. O público-alvo é composto por 187.972 pessoas – número que corresponde a 90% da população dos grupos prioritários, de 208.858 ribeirão-pretanos. A cidade tem 38 unidades de saúde com salas de vacinação – os horários de atendimento variam de acordo com o posto.
Estão sendo imunizados todos os cidadãos que fazem parte dos grupos prioritários. São crianças de seis meses a menores de seis anos (41.530), trabalhadores da saúde (31.156), gestantes (6.028), puérperas (991), idosos com 60 anos ou mais (78.172), pessoas com comorbidades, doenças crônicas e imunossupressão (46.750) e professores e funcionários das redes públicas (municipal e estadual) e privada (4.231), bombeiros e policiais militares – não há nenhum indígena no relatório.
No ano passado, durante quatro meses seguidos, a Secretaria Municipal da Saúde contabilizou 23 mortes em Ribeirão Preto por causa dos vírus H1N1 e H3N2, da influenza – a popular “gripe A” ou “gripe suína”. Desde agosto, porém não houve mais óbitos na cidade. Segundo o último Boletim Epidemiológico, as mortes foram registradas em abril (um caso), maio (seis), junho (sete) e julho (nove).
Em 2017 não foi constatado nenhuma morte na cidade, mas no período anterior doze moradores faleceram – em 2018 foram onze a mais, quase o dobro, crescimento de 91,6%. Neste ano, até 15 de maio, apenas cinco casos de influenza de 89 investigados já foram confirmados no município – três de Flu A não subtipado e dois de Flu B . A cidade fechou o ano passado com 104 ocorrências de Síndrome Respiratória Aguda Grave provocados por algum tipo de variação do vírus influenza, 63 a mais que os 41 de 2017, alta de 153,6%.
Região
Levantamento divulgado pela Secretaria Estadual da Saúde de São Paulo mostra que, na área do Departamento Regional de Saúde (DRS-13), que abrange Ribeirão Preto e mais 25 cidades, já foram vacinados 277.400 pacientes dos grupos prioritários, 69,5% da meta – o objetivo é imunizar 398.800, ou 90% do público-alvo, formado por aproximadamente 443 mil pessoas. Ainda falta vacinar cerca de 121.400 pessoas, ou 30,5% da meta.