Por João Prata
A transferência do zagueiro Felipe para o Atlético de Madrid por 20 milhões de euros (cerca de R$ 90 milhões), anunciada na terça-feira, renderá ao Corinthians 0,5% deste valor – cerca de 100 mil euros ou R$ 450 mil. Mas o valor poderia ter sido bem mais alto.
O Corinthians vendeu 75% dos direitos do jogador ao Porto em 2016 por 6 milhões de euros (R$ 24 milhões na cotação da época). Felipe foi para o clube português. Meses depois, em vez de o clube paulista ficar com o restante da porcentagem para lucrar em uma venda futura, a diretoria optou por negociar os 25% restantes também com o Porto por dois milhões de euros.
Felipe atuou três temporadas pelo Porto e foi negociado com o Atlético de Madrid, que procura um substituto para o uruguaio Diego Godín. Os valores da negociação foram divulgados pelo Porto em seu site oficial. Se mantivesse os 25%, o Corinthians teria recebido cerca de R$ 22 milhões. O 0,5% que o clube brasileiro receberá é apenas por ser o clube formador.
Depois de defender o União Mogi e o Bragantino, o zagueiro foi contratado pelo Corinthians em 2012, quando tinha 23 anos, data limite para que um clube seja considerado formador. Os clubes formadores recebem 0,5% de qualquer negociação de um jogador que tenham revelado. O valor é pago pela Fifa como mecanismo de solidariedade.
Felipe defendeu o Corinthians entre 2012 e 2016. No total, disputou 116 jogos e marcou oito gols. Nas conquistas da Copa Libertadores e do Mundial de Clubes da Fifa, em seu primeiro ano, ele ainda era reserva. O zagueiro se tornou titular na campanha do título brasileiro de 2015 e formou dupla com Gil, que está próximo de retornar ao time paulista.