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Lava Jato dá aval para venda do sítio

O Ministério Público Fede­ral, no Paraná, informou ao juiz Luiz Antonio Bonat, da 13.ª Vara Federal de Curitiba, ser favorável à venda do sítio de Atibaia (SP), pivô da mais alta condenação imposta ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na Opera­ção Lava Jato. Em parecer entre­gue ao magistrado, a força-tarefa pediu uma avaliação judicial da propriedade rural, que teve a venda solicitada pelo empresá­rio Fernando Bittar em abril.

Lula foi condenado a 12 anos e 11 meses de prisão por corrup­ção passiva e lavagem de dinhei­ro na ação penal que envolve o sítio em 6 de fevereiro passado, pela juíza substituta Gabriela Hardt, da 13.ª Vara Federal.

A força-tarefa da Lava Jato acusou o petista de receber R$ 1 milhão em propinas referentes às reformas do imóvel, que está em nome de Fernando Bittar, fi­lho do amigo de Lula Jacó Bittar, ex-prefeito de Campinas (SP).

O parecer dos procuradores foi entregue no dia 13 passado. No documento, a Lava Jato afirma que “se apresenta razo­ável o pedido formulado” por Fernando Bittar.

Na avaliação da Lava Jato, não há prejuízo na alienação antecipada do sítio de Atibaia. Os procuradores afirmam que a propriedade não está sendo ha­bitada ou frequentada pelos pro­prietários formais e pode acabar se deteriorando.

“O Ministério Público Fe­deral se manifesta favoravel­mente ao pedido formulado por Fernando Bittar, requerendo que seja realizada a avaliação judicial do sítio Santa Bárbara e após, para que o requerente realize a venda do imóvel pelo valor mínimo indicado na ava­liação, apresentando a proposta de compra a esse i. juízo, fican­do condicionado que os valo­res decorrentes da venda sejam depositados em conta judicial”, solicitou a Procuradoria.

Na sentença, a juíza Gabrie­la Hardt afirmou que a família do petista “usufruiu do imóvel como se dona fosse”. A magis­trada afirmou, no entanto, que a ação penal não “passa pela pro­priedade formal do sítio”.

“Inclusive, em 2014, Fernan­do Bittar alegou que sua família já não o frequentava com assi­duidade, sendo este usado mais pela família de Lula”, anotou a juíza. Lula cumpre pena de 8 anos, 10 meses e 20 dias de pri­são imposta pelo Superior Tri­bunal de Justiça (STJ) em outro processo, o do triplex do Guaru­já, no litoral de São Paulo.

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