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Moradores de rua e adictos: há como melhorar!

É muito comum depararmos com moradores de rua ou usuários de drogas em nossos semáforos, ruas e praças, ten­tando sobreviver a um mal que assombra famílias e incomoda aqueles que não conseguem praticar a solidariedade.

Minha experiência profissional, ao longo da vida, ensinou que ouvir a história de cada uma dessas pessoas possibilita pensar alternativas concretas de ressocialização e oportu­nidades. Levar alimentos e peças de vestuário em praças é algo louvável, mas não o ideal, assim como apenas oferecer pernoite não basta.

Praças têm outra finalidade social, precisam ser seguras, limpas e voltar a acolher famílias, permitir seu uso sem riscos a ninguém. Não basta criticarmos, precisamos ser proposi­tivos. Chega do quanto pior, melhor! Sabemos que muitas dessas pessoas desejam oportunidades reais, não gostam de viver como vivem, mas não encontram saídas.

Há inúmeros prédios públicos ociosos e que mere­cem melhor destinação, seja de forma direta com o Poder Público ou via parcerias, visando abrigar e ofertar cursos, envolver esse público em projetos sérios, voltados à autono­mia profissional, a horticultura, a laborterapia, atendimento psicológico e se valendo do apoio do trabalho de resgate de vínculos familiares.

Podemos ajudar sim, mas com oportunidades, com atos que vão além de alimentar por um dia, vestir por uma se­mana. Podemos unir forças nesta sociedade tão rica de boas intenções e programar parceria com o Poder Público, o qual terá muito menos custos e mais eficiência no atendimento social dessas pessoas.

O cadastramento delas me parece ter sido o máximo que se avançou na pasta social local. Igrejas, empresários, volun­tários, Poder Público, juntos, certamente poderão minimizar o problema de forma positiva. Falo de pessoas que vivem doentes, sujas, alimentando traficantes graças à dependência de drogas o que leva a maioria delas a praticar crimes contra a própria família.

Esse problema não envolve apenas os mais pobres, acon­tece em várias classes sociais. Podemos ajudar a diminuir o número de pessoas que vivem à própria sorte pelas ruas da cidade. Podemos ter uma cidade melhor e com mais oportu­nidade! Pior que o barulho dos maus, é o silêncio dos bons! Só depende de nós!

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