A Polícia Civil indiciou quatro pessoas por latrocínio consumado e tentado no inquérito que investiga o assalto ao Posto Mosteiro, na avenida Capitão Salomão, no Jardim Mosteiro, na Zona Norte de Ribeirão Preto, na tarde de 20 de abril – o crime resultou na morte do frentista Vail Julião, de 60 anos, e causou ferimentos no gerente João Benedito Sartori, de 65 anos. Ele tentou ajudar o colega e levou dois tiros de raspão. Após concluir o inquérito, o delegado César Augusto França, da Delegacia de Investigações Gerais (DIG), entregou o relatório ao Ministério Público Estadual (MPE) e à Justiça de Ribeirão Preto.
Ele também pede a prisão preventiva das quatro pessoas indiciadas, entre elas Flávio Targino da Silva, de 35 anos, autor dos disparos que mataram Julião e quase atingiram Sartori, João Luiz Galves Franco, suspeito de ser o chefe da quadrilha, sua mulher, Ana Paula Pereira Galves Franco, além de Simone Galves Franco, de 45 anos, funcionária do posto e suspeita de ter fornecido ao irmão informações sobre o transporte de um malote com dinheiro. Até o envio do inquérito à Justiça, os indiciados ainda não tinham advogado constituído.
Dos quatro indiciados, apenas Simone foi presa e está na cadeia de Franca. Os demais, inclusive Silva, são considerados foragidos, após a Justiça decretar suas prisões temporárias. O adolescente de P. S. da S., de 17 anos, suspeito de ser o motociclista que ajudou na fuga do atirador, também não foi encontrado. Micaela Rodrigues de Oliveira, de 22 anos, mulher do suposto atirador, colaborou com as investigações e foi liberada. Ela só soube do assalto através da imprensa.
Simone admitiu à Polícia Civil ter passado informações privilegiadas ao irmão João Luiz em troca do pagamento de um cartão de supermercado no valor de R$ 500. Ela trabalhava na hora do latrocínio – roubo seguido de morte – e chegou a consolar os colegas após o assassinato de Julião. A ex-funcionária disse ainda que a participação dela no crime seria apenas para informar o momento em que o malote estaria vulnerável. Nos depoimentos, ela diz estar arrependida porque não pensou que um colega poderia se ferir na ação.
De acordo com a Polícia Civil, após a divulgação das imagens ela reconheceu Flávio Targino da Silva como um amigo do irmão dela. Porém, não soube informar quem era o adolescente que dirigia a moto e ajudou na fuga do suspeito de atirar e matar o frentista. Ela ainda informou no depoimento que o casal suspeito de arquitetar o crime fugiu de ônibus para Campinas, onde moram parentes deles.
O menor que conduzia motocicleta resgatou Silva no cruzamento das ruas Hermínio Morandini com João Nutti, na mesma região do posto. Em seguida, na garupa da moto, o assassino fugiu do local com o malote roubado contendo R$ 12,6 mil rumo ao bairro Campos Eliseos. A bicicleta foi abandonada. O latrocida chegou ao posto, roubou o malote e efetuou o disparo que matou o trabalhador. João Luiz, a esposa Ana Paula e Targino Silva estão foragidos e são procurados, assim como o menor que pilotava a moto. Quem tiver informações que ajude a localizar os suspeitos pode entrar em contato pelos telefones 181, da Polícia Civil, e 190 e 197, da Polícia Militar.