Um ex-fornecedor da Apple está sendo processado pela Comissão de Títulos e Câmbios dos Estados Unidos (SEC) por violação de medidas antifraude. O órgão argumenta que a falida empresa GT Advanced mentiu sobre a sua capacidade em fornecer tecnologia para displays de safira nos modelos subsequentes ao iPhone 5s.
Neste momento, nem a empresa nem seu CEO (que também foi nominalmente processado pela SEC) contestaram as acusações, concordaram em não perseguir o assunto combativamente na justiça e confirmaram que pretendem pagar a multa exigida pelo órgão no valor de US$ 140 mil.
Todo o imbróglio começou em meados de 2013: a Apple havia acabado de lançar o iPhone 5S, mas ainda não tinha anunciado o iPhone 6. Na ocasião, o mercado como um todo sinalizava a adoção das chamadas “telas de safira” para proteção de displays de eletrônicos variados, como smartphones e tablets.P
A Apple, então, promoveu pagamento adiantado de US$ 578 milhões, a fim de que a GT Advanced assegurasse o fornecimento necessário para displays de safira nos modelos seguintes do iPhone. Contudo, baixos rendimentos em testes e demanda (rumores da época falam em apenas 25%), bem como outras razões diversas, fizeram com que o iPhone 6 fosse lançado com o que se chamou de “vidro reforçado por ionização” ao invés de display de safira.
Meses depois, a GT Advanced daria entrada em seu processo de falência e, por isso, agora a SEC argumenta que a empresa mentiu sobre a sua capacidade de fornecer aquilo pelo qual foi contratada, reclassificando débitos que tinha com a Apple. A agência reguladora alega que a falha da GT Advanced em atingir certas metas de desempenho resultou na Apple “prendendo” US$ 139 milhões de um pagamento que seria feito à companhia. A Maçã também teria ganho, por isso, o direito de exigir um pagamento adiantado de US$306 milhões da empresa.
Ironicamente, o display de safira foi empregado pela Apple no primeiro modelo do Apple Watch.
Fonte: Phone Arena