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Cultura

‘Vingadores – Ultimato’ estreia nos cinemas

“Vingadores – Ultimato”, dos irmãos Joe e Anthony Rus­so, estreia nos cinema de todo o Brasil, inclusive nas salas das redes instaladas nos qua­tro shopping centers de Ribei­rão Preto – RibeirãoShopping (UCI), Iguatemi e Santa Úrsula (Cinépolis) e Novo Shopping (Cinemark). Mas as sessões de estreia já estão lotadas.

“Ultimato” começa quase do ponto onde “Guerra infinita” (2018) acabou. Os heróis mais poderosos da galáxia – o que so­brou deles, pelo menos – tentam encontrar solução para reverter o estalar de dedos do titã Thanos (Josh Brolin), que apagou meta­de da vida em todo o universo.

Para a missão, o time gi­gantesco volta a se reunir. Aos Vingadores originais, Homem de Ferro (Robert Downey Jr.), Capitão América (Chris Evans), Thor (Chris Hemsworth), Viú­va Negra (Scarlett Johansson), Hulk (Mark Ruffalo) e Gavião Arqueiro (Jeremy Renner), se juntam Paul Rudd (Home-For­miga), Evangeline Lilly (Vesa), Nebulosa (Karen Gillan), Ro­cket (voz de Bradley Cooper), Capitã Marvel (Brie Larson) e outros sobreviventes.

A enorme pressão de concluir bem uma história é um desafio que a Marvel tira de letra, sem perder tempo com a trama, mas também sem se afobar. “Ultima­to” é talvez a melhor adaptação para o cinema de um dos grandes momentos lidos nos quadrinhos da editora, e garante cenas para todos os personagens brilharem. Cada um de seu modo.

Tudo isso, no entanto, trans­forma o filme em algo pouco recomendável para não inicia­dos. É possível se divertir, mas se você quer entender por que todo mundo está falando sobre “Vingadores”, este não é o filme para entrar neste universo. As três horas de duração ajudam, mas é impressionante que o fil­me consiga manter o equilíbrio entre pular direto para a ação e dedicar tempo suficiente para refletir o impacto que o sucesso do vilão teve nos protagonistas.

Estes momentos ajudam a criar o impacto necessário para um filme deste tamanho, mes­mo que todos já tenham uma boa ideia de como tudo vai ter­minar. O ritmo fica mais lento, mas são raras as vezes em que o público pode ficar entedia­do. Na maior parte do tempo, acontece exatamente o contrá­rio. Dúvida e ansiedade domi­nam. Como resolver tudo se o filme propõe a deixar isso para o finalzinho?

A primeira cena é com Je­remy Renner, o Gavião Arquei­ro. Na segunda, Capitão (Amé­rica) e o Homem de Ferro já estão brigando. Na terceira ou quarta, o Homem-Formiga volta do Universo Quântico com a proposta salvadora. E se os super-heróis viajarem ao passado, em busca das joias, antes que Thanos se aposse de­las? Talvez esteja aí a chave para restaurar a força do grupo.

Em outro universo, o da DC, Superman já ressuscitou em Liga da Justiça. Por que não? A grande novidade é a força das mulheres. Brie Lar­son, que mal ganhou seu filme próprio, volta tão poderosa que, pelo menos em duas opor­tunidades, no começo e no fim, salva a parada, nisso repetindo a Mulher-Maravilha que tam­bém reunia o grupo em Liga da Justiça. De repente, baixa a mãe África e são as heroínas de Wakanda contra Thanos.

Apesar das muitas brinca­deiras sobre a viagem no tem­po, é isso que está em jogo. To­dos naquele grupo sabem que é tudo ou nada. O que houve no filme anterior foi uma tragédia que os sobreviventes encara­ram. Isso significa mais drama, mais intensidade dos conflitos, mas não, necessariamente, me­nos ação nem menos efeitos.

O roteiro de Christopher Markus e Stephen McFeely, na Marvel desde “Capitão Amé­rica: O primeiro Vingador” (2011), amarra as pontas soltas e homenageia seus antecesso­res (em cenas que farão cabe­ças explodirem). Planta ainda pequenas sementes do que es­perar do futuro da franquia.

Ao longo de dez anos, a Marvel construiu seu universo cinematográfico por meio de 22 filmes e arrecadou mais de US$ 18,6 bilhões de bilheteria no mundo. Esse filme, claramente, encerra uma fase. Downey Jr. e Evans, dois terços do trio funda­dor do universo cinematográfi­co da editora, já disseram que não voltam mais.

É a aposta mais ambiciosa do estúdio. A Marvel acredi­ta num retorno planetário da ordem de bilhões de dólares. Hollywood acredita nos núme­ros de “Vingadores – Ultimato” para fechar suas contas do ano com lucro. E deve ser a última aparição de Stan Lee ao lado de suas criaturas.

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