A Secretaria Municipal da Saúde inicia na próxima segunda-feira, 22 de abril, a segunda etapa da campanha de vacinação contra o vírus da influenza (gripe) em Ribeirão Preto, incluindo a imunização de todas as pessoas que fazem parte dos grupos prioritários. Até esta quinta-feira (18), estavam sendo imunizadas apenas gestantes, crianças de seis meses a menores de seis anos (cinco anos, onze meses e 29 dias) e puérperas, mulheres que tiveram filho há até 45 dias.
A partir de 22 de abril, serão imunizados todas as pessoas que fazem parte dos grupos prioritários formados por gestantes (6.028) e crianças de seis meses a menores de seis anos (41.530), puérperas (991), trabalhadores da saúde (31.156), idosos com 60 anos ou mais (78.172), pessoas com comorbidades, doenças crônicas e imunossupressão (46.750) e professores e funcionários das redes pública (municipal e estadual) e privada (4.231) – não há nenhum indígena no relatório.
A meta de cobertura vacinal é de 187.726, número que corresponde a 90% do público -alvo dos grupos prioritários, compostos por 208.858 ribeirão-pretanos. A campanha vai até 31 de maio em 38 unidades de saúde com salas de vacinação, de segunda à sexta-feira – os horários de atendimento variam de acordo com o posto.
A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo também iniciou a campanha no dia 10. A expectativa é imunizar 90% do público-alvo, de 13,2 milhões de paulistas, contra o vírus influenza. Somente na região de Ribeirão Preto, na área de atuação do Departamento Regional de Saúde (DRS-13), que abrange mais 25 cidades, 434,8 mil pessoas devem ser imunizadas.
Considerando apenas a região de Ribeirão Preto, a meta é vacinar mais de 163,1 mil idosos, ou seja, pessoas com 60 anos ou mais; aproximadamente 94,4 mil crianças com idade a partir de seis meses e até seis anos; cerca de 48,5 mil de profissionais de saúde; 13 mil gestantes e 2,1 mil puérperas (com até 45 dias após o parto), entre outros. Conforme preconiza o governo federal, somente casos de gripe grave, caracterizados como Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), independentemente do tipo, são de notificação obrigatória no país.
Em 2018, foram notificados 2.538 casos de SRAG no Estado relacionados ao vírus influenza, causador de gripes, e 580 óbitos. Especificamente na região de Ribeirão Preto, foram 132 casos e 38 óbitos, 23 somente na cidade-sede, ou 60,5% do total regional e quase 4% do estadual.
“Dia D” – Em 4 de maio, primeiro sábado do mês, será realizado o chamado “Dia D” de combate à gripe, quando haverá uma mobilização nacional pela vacinação. Cinco postos de saúde de Ribeirão Preto atenderão das oito às 17 horas (veja quadro nesta página). A vacina é trivalente, ou seja, composta por três tipos de vírus influenza, o H1N1, H3N2 e B Phuket. Essa composição é definida de acordo com estudos de circulação dos vírus previstos para o Hemisfério Sul em 2018.
No ano passado, durante quatro meses seguidos, a Secretaria Municipal da Saúde contabilizou 23 mortes em Ribeirão Preto por causa dos vírus H1N1 e H3N2, da influenza – a popular “gripe A” ou “gripe suína”. Desde agosto, porém não houve mais óbitos na cidade. Segundo o Boletim Epidemiológico da Secretaria da Saúde, as mortes foram registradas em abril (um caso), maio (seis), junho (sete) e nove em julho.
Em 2017 não foi constatada nenhuma morte na cidade, mas no período anterior doze moradores faleceram – em 2018 foram onze a mais, quase o dobro, crescimento de 91,6%. Neste ano, até 15 de abril, apenas dois casos de influenza foram confirmados no município. A cidade fechou o ano passado com 104 ocorrências de Síndrome Respiratória Aguda Grave provocados por algum tipo de variação do vírus influenza, 63 a mais que os 41 de 2017, alta de 153,6% – são 55 de H1N1, outros 25 de H3N2, mais 16 não subtipados e oito de influenza B (Flu B).
A Secretaria Municipal da Saúde recebeu 353 notificações de ocorrências suspeitas, contra 63 do primeiro trimestre de 2019. Na campanha do ano passado, foram vacinadas 117.504 pessoas na cidade, no período de 23 de abril a 19 de julho – houve várias prorrogações –, atingindo uma cobertura vacinal de 76,3% dos grupos prioritários, que era de 154.030 pessoas.
“É fundamental que a população procure os postos de saúde para se vacinar, lembrando que a vacina protege não somente contra a gripe, mas também casos graves que podem levar a internações e até à morte”, orienta Mayra Fernanda de Oliveira, coordenadora do programa de Imunização da Secretaria Municipal de Saúde.