A líder do governo no Congresso, deputada Joice Hasselmann (SP), creditou nesta segunda-feira, 15, a possível saída do presidente Jair Bolsonaro do PSL, partido de ambos, a intrigas internas e descartou essa possibilidade.
“Quando há uma declaração de algum integrante do PSL, que às vezes chega distorcida aqui dentro (no Palácio do Planalto), pode gerar algum ruído aqui ou acolá. Mas não há nenhuma informação sobre o presidente deixar o PSL ou o PSL deixar o presidente. Isso não existe. É intriga da oposição. E vejam que às vezes tem oposição dentro da própria casa, a gente tem que lembrar disso”, afirmou a parlamentar ao chegar para reuniões no Palácio do Planalto.
Em fevereiro, o jornal O Estado de S. Paulo noticiou que o clã Bolsonaro conversava com um grupo de políticos de direita sobre a refundação da União Democrática Nacional (UDN). A ideia era que o presidente e seus filhos parlamentares deixassem o PSL e migrassem para a UDN a fim de criar uma nova força na direita nacional. Na semana passada, o presidente teria relatado a dirigentes de outros partidos do Centrão, segundo o jornal O Globo, a intenção de deixar o PSL no futuro por causa de “confusões” internas.
Bolsonaro filiou-se ao PSL, então uma sigla nanica, de última hora para disputar as eleições de 2018. Num acordo com o deputado Luciano Bivar (PSL-PE), chefão da legenda, um grupo de confiança de Bolsonaro assumiu o comando do partido temporariamente. Depois das eleições, Bivar retomou o controle do partido, às voltas com investigações sobre candidaturas laranjas e falta de apoio ao governo na própria bancada na Câmara, atualmente com 54 integrantes.