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Prefeito de Nova York chama Bolsonaro de ‘ser humano perigoso’, racista e homofóbico

Marcelo Camargo | Agência Brasil

 O prefeito de Nova York, Bill de Blasio, chamou o presidente Jair Bolsonaro de “ser humano perigoso” e pediu que uma homenagema ele programada para ocorrer no Museu de História Natural dos Estados Unidos no dia 14 de maio seja cancelada. 

Prefeito de Nova York chama Bolsonaro de perigoso, racista e homofóbico
Câmara de Comércio Brasil-Estados Unidos homenageará Bolsonaro como “Personalidade do Ano” Foto: Alan Santos / PR

“Bolsonaro não é perigoso somente por causa de seu racismo e homofobia evidentes”, afirmou De Blasio na sexta-feira, 12, durante entrevista à emisora de rádio WNYC. “Infelizmente, ele também é a pessoa com maior poder de impacto sobre o que se passará na Amazônia daqui para a frente.” 

O prefeito comentou a cerimônia de gala da Câmara de Comércio Brasil-Estados Unidos para homenagear Bolsonaro como “Personalidade do Ano”. O órgão reservou o Museu de História Natural, em Nova York, para realizar o evento e conceder a honraria. Todos os anos, a Câmara escolhe duas personalidades, uma americana e outra brasileira, e as premia em seu jantar de gala para mais de mil convidados, com entradas ao preço individual de US$ 30 mil, que estão esgotados.

O deputado Eduardo Bolsonaro, filho do presidente brasileiro, reagiu neste sábado e associou os comentários à onda “globalista”.00:0001:04Media QualityMobile Preset360PVenezuela é destaque em encontro de Trump e Bolsonaro

O evento recebeu críticas pelo posicionamento de Bolsonaro em relação ao meio ambiente. A instituição expressou na quinta-feira profunda preocupação com a homenagem ao presidente brasileiro. “O evento externo e privado, no qual o atual presidente do Brasil será homenageado, foi reservado no Museu antes de o homenageado ser escolhido”, ressaltou a instituição no Twitter. “Estamos profundamente preocupados e estamos explorando nossas opções.”

American Museum of Natural History@AMNH

Treze representantes de povos indígenas denunciaram nesta semana, em carta aberta publicada no jornal francês Le Monde, que a política ambiental de Bolsonaro os deixa às portas de “um apocalipse”. “Esse governo quer monopolizar toda a Amazônia, dessangrá-la ainda mais construindo novas estradas e ferrovias”, alertaram a cacique Ivanice Pires Tanone, do povo Kariri Xocó, e o cacique Paulinho Paiakan, do povo Kayapó, entre outros dirigentes.

Desde que assumiu o poder no dia 1.º de janeiro, Jair Bolsonaro pôs em andamento políticas contrárias à demarcação de terras indígenas e às ONGs que lutam contra as mudanças climáticas. Ele transferiu para o Ministério da Agricultura a questão da demarcação de terras indígenas e o serviço de vigilância florestal. / AFP e EFE

Estadão

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