Tribuna Ribeirão
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‘Estrada das Palmeiras’ – CPI quer saber se multa foi cobrada

FL PITON/ CCS

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que apura medições, pagamentos, noti­ficações e descumprimentos contratuais da obra de du­plicação da avenida Antônia Mugnato Marincek, a popu­lar “Estrada das Palmeiras”, no Complexo Ribeirão Verde, Zona Oeste da cidade, vai con­vocar os secretários municipais de Obras Públicas, Pedro Luiz Pegoraro, e da Administração, Marine Oliveira Vasconcelos.

O objetivo, segundo o pre­sidente da CPI, Alessandro Ma­raca (MDB), é checar se a multa que deveria ser aplicada à Prime Infraestrutura pelo não cumpri­mento do contrato de duplica­ção da avenida foi cobrada pelo município. A autuação corres­ponde a 10% do valor total do contrato, ou seja, cerca de R$ 2,5 milhões – a obra está sendo exe­cutada pela Tecla Construções por R$ 25,3 milhões.

Em depoimento à CPI da Estrada das Palmeiras, na quarta-feira, 10 de abril, o se­cretário da Fazenda, Manoel de Jesus Gonçalves, esquivou-se da responsabilidade de sua pasta verificar a documenta­ção exigida, como a Certidão Negativa de Débito (CND). Ele atribuiu esta função à Se­cretaria da Administração, que é responsável pela licitação e pelo contrato, e a de Obras Pú­blicas, que atesta os documen­tos recebidos para posterior pagamento à empresa.

A CPI também revelou que o seguro caução no valor de R$ 1,268 milhão que a empresa entregou à prefeitura na assi­natura do contrato, como for­ma de garantia em caso da não conclusão da obra ou da resci­são do contrato, ficou impos­sibilitado de ser retido porque estava com data de validade vencida quando da rescisão. A data da convocação dos secre­tários ainda não foi marcada. A CPI é composta também por Bertinho Scandiuzzi (PSDB) e Elizeu Rocha (PP).

Inidônea – Em 22 de fe­vereiro, a prefeitura de Ribei­rão Preto publicou, no Diário Oficial do Município (DOM), a aplicação de penalidade con­tra a Prime Infraestrutura e a transformou em empresa ini­dônea por não ter feito a du­plicação da avenida Antônia Mugnato Marincek, principal via de ligação do Comple­xo Ribeirão Verde à Rodovia Anhanguera e a outras regiões da cidade, que deve beneficiar cerca de 80 mil pessoas.

A penalidade é resultado de um processo administrativo que começou em 2018. A pre­feitura considerou a Prime “ini­dônea” e a empresa “não poderá licitar ou contratar com a admi­nistração pública, nos termos do artigo 87, IV da lei nº 8.666/93 (Lei das Licitações), pelo prazo de cinco anos”.

A prefeitura afirmou que a Prime chegou a ser notificada 18 vezes por causa das constantes paralisações da obra. Orçada em R$ 35,9 milhões, a duplicação da avenida começou em junho de 2016, pois o município corria o risco de perder o repasse total de R$ 310 milhões do governo fe­deral por meio do Programa de Aceleração do Crescimento II – PAC da Mobilidade.

A Prime Infraestrutura venceu a licitação por um valor bem abaixo do estimado (por R$ 25,3 milhões). Terceira co­locada no processo licitatório, a Tecla Construções assumiu as obras da avenida Antônia Mugnatto Marincek em no­vembro de 2017. A duplicação deve terminar em junho. Mais de 70% das intervenções já fo­ram concluídas.

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