Tribuna Ribeirão
Economia

Inflação oficial sobe para 0,75% em março

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial, subiu para 0,75% em março deste ano, con­tra 0,09% do mesmo período de 2018. Em fevereiro, a taxa havia sido de 0,43%. Segundo dados di­vulgados hoje (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatís­tica (IBGE), o indexador acumula taxas de inflação de 1,51% no ano e 4,58% em 12 meses.

A taxa de março foi a maior para o mês desde 2015 (1,32%). O acumulado do ano é o maior para um primeiro trimestre desde 2016 (2,62%). O acumulado em doze meses é o maior desde fevereiro de 2017 (4,76%). Segundo o IBGE, a inflação de março foi fortemente influenciada pelas altas de preços dos alimentos e bebidas (1,37%) e dos transportes (1,44%), que responderam por 80% da taxa de inflação no mês.

Os alimentos para consumir em casa ficaram 2,07% mais caros no mês. Entre os produtos alimentícios que influenciaram o comportamento da inflação estão o tomate (31,84%), a batata-inglesa (21,11%), o feijão-carioca (12,93%) e as frutas (4,26%). A alta dos transportes foi influencia­da pelo preço dos combustíveis, que subiram 3,49% no mês. A gasolina ficou 2,88% mais cara e o etanol, 7,02%. Outros grupos de despesa que registraram aumento da taxa de fevereiro para março foram artigos de residência (de 0,2% para 0,27%) e vestuário (de -0,33% para 0,45%).

Quatro grupos de despesa con­tinuaram registrando inflação em março, mas com taxas mais mo­deradas do que no mês anterior: habitação (que caiu de 0,38% para 0,25%), saúde e cuidados pessoais (de 0,49% para 0,42%), despesas pessoais (de 0,18% para 0,16%) e educação (de 3,53% para 0,32%). Comunicação foi o único grupo de despesas que registrou defla­ção (queda de preços) em março (-0,22%). Em fevereiro, havia regis­trado estabilidade de preços.

Renda mais baixa – O Índice Nacional de Preços ao Consumi­dor (INPC), que mede a variação de preços da cesta de consumo de fa­mílias com renda até cinco salários mínimos (R$ 4,99 mil), subiu para 0,77% em março. A taxa é superior ao 0,54% de fevereiro e a maior para meses de março desde 2015 (1,51%). O INPC acumula taxa de 1,68% no ano, a maior para o pe­ríodo desde 2016 (2,93%). Em 12 meses, a taxa acumulada chega a 4,67%. Os produtos alimentícios tiveram alta de preços de 1,5% em março, contra 0,94% em fevereiro. O agrupamento dos não alimentí­cios teve inflação de 0,45%, contra 0,37% em fevereiro.

Terceira idade – O Índice de Preços ao Consumidor da Ter­ceira Idade (IPC-3i), que mede a variação da cesta de consumo de pessoas com mais de 60 anos de idade, registrou inflação de 1,49% no primeiro trimestre deste ano. Em doze meses, o IPC-3i acumula taxa de 5,37%, acima dos 4,88% re­gistrados pelo Índice de Preços ao Consumidor – Brasil (IPC-BR), que mede a inflação para todas as fai­xas de idade. A taxa do IPC-3i cres­ceu de 0,8%, no último trimestre do ano passado, para 1,49% no pri­meiro trimestre deste ano. Quatro das oito classes de despesa com­ponentes do índice registraram au­mento em suas taxas de variação.

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