A Central de Monitoramento do Núcleo de Postos da Associação Comercial e Industrial (Acirp) – que reúne 85 revendedores de combustíveis da cidade, o equivalente a 50% do mercado local – informa que o etanol teve um reajuste de preço de aproximadamente 16% nas distribuidoras, variação apurada entre o dia 1° e segunda-feira, 8 de abril.
O aumento ocorre por causa de uma corrida das distribuidoras para compra do estoque remanescente nas usinas de açúcar e álcool no estado de São Paulo. “Porém, como a safra não está consolidada, as unidades produtoras não têm mercadoria suficiente para atender à demanda, o que resulta em um aumento inesperado no preço”, diz em nota.
“O Núcleo Postos Ribeirão Preto alerta aos consumidores sobre essa mudança, que deve refletir em um aumento no valor cobrado pelo produto nas mesmas proporções nas bombas durante esta semana”, avisa. O preço do etanol parou de cair nas usinas paulistas, segundo o Centro de Pesquisas Econômicas (Cepea) da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) – vinculada à Universidade de São Paulo (USP).
Depois de acumular queda de 13,1% em cerca de um mês, na semana passada o litro do hidratado registrou leve alta de 0,89% nas unidades produtoras, em plena safra da cana-de -açúcar, passando de R$ 1,6332 para R$ 1,6478. Havia recuado 7,66% na semana anterior – já havia caído 0,87% no dia 15 e mais 4,57% no dia 22. Antes do início da safra, registrou alta superior a 21% em cerca de dois meses.
Segundo o estudo realizado entre 29 de março e sexta-feira, 5 de abril, o anidro – adicionado à gasolina em 25% – também subiu 0,89%, de R$ 1,8391 para R$ 1,8554. Até dia 29 acumulava queda de 4,27% em três semanas. A retração já chegou às bombas de Ribeirão Preto.
Na sexta-feira (5), a Petrobras reajustou em 5,61% o preço médio do litro da gasolina sem tributo e sem misturas nas refinarias. Saltou de R$ 1,8326 para R$ 1,9354. Em cerca de 45 dias, o valor do derivado de petróleo aumentou quase 20% (cerca de 19,61%) nas unidades produtoras. Segundo o último levantamento da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), realizado entre os dias 31 de março e 6 de abril, em 108 cidades paulistas, a gasolina ribeirão-pretana custa, em média, R$ 4,148, contra R$ 4,228 da semana anterior, queda de 1,9% e desconto de R$ 0,08.
Alguns postos baixaram os valores cobrados para a gasolina nos últimos dias. Nos bandeirados, custa, em média, R$ 4,30 (R$ 4,298), mas há revendedores que cobram menos (R$ 4,20, ou R$ 4,199) e outros que praticam valores mais altos – cerca de R$ 4,40 (R$ 4,399). Nos sem-bandeira, o derivado de petróleo custa, em média, entre R$ 3,95 (R$ 3,949) e R$ 4 (R$ 3,999), mas há locais que vendem o produto a R$ 3,82 (R$ 2,819).
A estatal também manteve sem alteração o preço do óleo diesel, em R$ 2,1432 – nas bombas de Ribeirão Preto custa, em média, entre R$ 3,24 e R$ 3,32 (sem-bandeira) e R$ 3,45 e R$ 3,50 (bandeirados). Segundo a ANP, o litro do produto está 3% mais caro em Ribeirão Preto. Em uma semana passou de R$ 3,323 para R$ 3,426, acréscimo de R$ 0,103. Nas refinarias o reajuste será quinzenal.
Segundo a ANP, o litro do etanol é vendido por R$ 2,725 na cidade, queda de 3,3% em comparação com o valor da semana anterior, de R$ 2,818, abatimento de R$ 0,093. Nos postos bandeirados, o álcool custa entre R$ 2,60 (R$ 2,597) e R$ 2,90 (R$ 2,899). Nos sem -bandeira, o derivado da cana-de-açúcar é vendido entre R$ 2,52 (R$ 2,519) e R$ 2,60 (R$ 2,599).
Considerando os valores médios da agência, de R$ 2,725 para o álcool e R$ 4,148 para o derivado de petróleo, ainda é mais vantajoso abastecer com etanol, já que a paridade está em 65,7% – deixa de ser vantagem encher o tanque com o derivado da cana-de-açúcar a relação chega a 70%.