Tribuna Ribeirão
Saúde

Vacinação contra a gripe – Estado quer vacinar 434,8 mil na região

ALFREDO RISK

A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo também inicia nesta quarta-feira, 10 de abril, em parceria com os municípios, a campanha de vacinação contra gripe. A ex­pectativa é imunizar 90% do público-alvo, de 13,2 milhões de paulistas, contra o vírus in­fluenza. Somente na região de Ribeirão Preto, na área de atua­ção do Departamento Regional de Saúde (DRS-13), que abrange mais 25 cidades, 434,8 mil pes­soas devem ser imunizadas.

Considerando apenas a re­gião de Ribeirão Preto, a meta é vacinar mais de 163,1 mil ido­sos, ou seja, pessoas com 60 anos ou mais; aproximadamente 94,4 mil crianças com idade a par­tir de seis meses e até seis anos; cerca de 48,5 mil de profissio­nais de saúde; 13 mil gestantes e 2,1 mil puérperas (com até 45 dias após o parto), entre outros. Conforme preconiza o governo federal, somente casos de gripe grave, caracterizados como Sín­drome Respiratória Aguda Gra­ve (SRAG), independentemente do tipo, são de notificação obri­gatória no país.

Em 2018, foram notificados 2.538 casos de SRAG no Estado relacionados ao vírus influenza, causador de gripes, e 580 óbitos. Especificamente na região de Ri­beirão Preto, foram 132 casos e 38 óbitos, 23 somente na cida­de-sede, ou 60,5% do total re­gional e quase 4% do estadual. Segundo a Secretaria Municipal da Saúde, a campanha será em duas etapas. Até dia 18 serão imunizadas gestantes, crianças de seis meses a menores de seis anos (cinco anos, onze meses e 29 dias) e puérperas, mulheres que tiveram filho há até 45 dias.

A meta de cobertura vacinal é de 187.726 pessoas, número que corresponde a 90% do públi­co-alvo dos grupos prioritários, compostos por 208.858 ribei­rão-pretanos. A campanha vai até 31 de maio em 38 unidades de saúde com salas de vacinação, de segunda à sexta-feira – os ho­rários de atendimento variam de acordo com o posto. A partir de 22 de abril, serão imunizadas todas as pessoas que fazem parte dos grupos prioritários formados por gestantes (6.028) e crianças de seis meses a menores de seis anos (41.530), puérperas (991), traba­lhadores da saúde (31.156), idosos com 60 anos ou mais (78.172), pessoas com comorbidades, do­enças crônicas e imunossupressão (46.750) e professores e funcioná­rios das redes pública (municipal e estadual) e privada (4.231) – não há nenhum indígena no relatório.

“Dia D”
Em 4 de maio, primeiro sába­do do mês, será realizado o cha­mado “Dia D” de combate à gripe, quando haverá uma mobilização nacional pela vacinação. Cinco postos de saúde de Ribeirão Pre­to atenderão das oito às 17 horas (veja quadro nesta página). A va­cina é trivalente, ou seja, composta por três tipos de vírus influenza, o H1N1, H3N2 e B Phuket. Essa composição é definida de acordo com estudos de circulação dos vírus previstos para o Hemisfério Sul em 2018.

No ano passado, durante quatro meses seguidos, a Secre­taria Municipal da Saúde conta­bilizou 23 mortes em Ribeirão Preto por causa dos vírus H1N1 e H3N2, da influenza – a po­pular “gripe A” ou “gripe suína”. Desde agosto, porém não houve mais óbitos na cidade. Segundo o Boletim Epidemiológico da Secretaria da Saúde, as mortes foram registradas em abril (um caso), maio (seis), junho (sete) e nove em julho. Em 2017 não foi constatado nenhuma morte na cidade, mas no período anterior doze moradores faleceram – em 2018 foram onze a mais, quase o dobro, crescimento de 91,6%.

Neste ano, até 31 de março, apenas um caso de influenza foi confirmado no município. A ci­dade fechou o ano passado com 104 ocorrências de Síndrome Respiratória Aguda Grave provo­cadas por algum tipo de variação do vírus influenza, 63 a mais que os 41 de 2017, alta de 153,6% – são 55 de H1N1, outros 25 de H3N2, mais 16 não subtipados e oito de influenza B (Flu B). Na campanha do ano passado, foram vacinadas 117.504 pessoas na cidade, no pe­ríodo de 23 de abril a 19 de julho – houve várias prorrogações –, atingindo uma cobertura vacinal de 76,3% dos grupos prioritários, que era de 154.030 pessoas.

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