O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou ontem que desistiu de participar da articulação da reforma da Previdência na Câmara porque foi mal compreendido. “Eu esperava que a gente pudesse ter um governo de coalizão. [Mas] não vou ser mulher de malandro e ficar apanhando da base eleitoral do presidente”, disse.
Maia afirmou que não fala mais sobre número de votos nem prazo para votação da proposta porque perdeu as condições de desempenhar esse papel. “Pareceria que eu estava tentando me aproveitar de uma articulação política.” Agora, diz que vai cumprir seu papel institucional de votar os temas, mas sem se envolver em negociações.
Segundo Maia, a data de votação é irrelevante, e o mais importante é conseguir uma economia de R$ 1 trilhão. “Se vai ser votada em junho ou julho não importa. Se conseguir R$ 500 bilhões em junho ou R$ 1 trilhão em agosto, é melhor esperar para votar até agosto”, disse.