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SP: Corte na Cultura pode fechar projetos

Foto: Toninho Oliveira/Prefeitura de Campinas
Por João Luiz Sampaio, especial para o Estado

Fechamento do Teatro São Pedro, cancelamento de exposições em museus como a Pinacoteca do Estado, extinção de grupos artísticos, fechamento de vagas. Esses são alguns dos impactos que a redução do orçamento da Secretaria de Cultura e Economia Criativa pode ter sobre 25 projetos culturais mantidos pelo Estado de São Paulo.

O levantamento foi feito pela Associação Brasileira das Organizações Sociais de Cultura em parceria com os projetos. No começo da semana, o governador João Doria voltou atrás no corte de verbas do Projeto Guri, mas indicou que pretende manter a redução de 23% no orçamento, ou R$ 148 milhões, para as demais instituições. Em entrevista, ele afirmou que a cultura faz parte de sua vida. “Mas governar é estabelecer prioridades, ter capacidade de gestão e coragem de fazer as coisas. Deixo claro que as prioridades da minha gestão são Educação, Saúde, Habitação, Segurança Pública e Assistência Social.”

O caso mais grave é o do Teatro São Pedro, que trabalha com a previsão de fechamento e encerramento de suas atividades ao longo deste ano, com a extinção de sua orquestra. A Escola de Música do Estado de São Paulo, por sua vez, afirma que há o risco de encerramento das atividades das orquestras formadas por alunos, com o fim da temporada de concertos e a suspensão do pagamento de mais de 150 bolsas de estudo, além do fechamento de 300 vagas e a demissão de 80 funcionários. No Conservatório de Tatuí, a previsão é a demissão de 60 professores e a dispensa de 800 alunos, além do encerramento das atividades do polo de São José do Rio Pardo.

Segundo o levantamento, a Pinacoteca do Estado prevê o que chama de “diminuição drástica da programação pública, com cancelamento de exposições, palestras e eventos de formação”, e estima que 53 mil alunos deixarão de participar das atividades planejadas para este ano. O ingresso gratuito aos sábados também será cancelado e um terço dos funcionários deverá ser demitido; a programação do Memorial da Resistência será cancelada.

Também está prevista a redução de funcionários no Museu Catavento, que pretende reduzir ainda o corpo de monitores. O Museu Afro Brasil, por sua vez, fala em cancelar todas as exposições temporárias e em fechar durante três dias da semana.

A redução no horário de funcionamento também está no horizonte do Museu da Imagem e do Som, que também terá que reduzir sua atuação nos 120 municípios em que hoje realiza atividades. O Museu da Língua Portuguesa terá sua implementação colocada em suspenso. E o Museu da Casa Brasileira fala em “risco de descontinuidade de sua agenda”.

A São Paulo Companhia de Dança fala na projeção de que “40 mil pessoas deixem de ser atendidas com atividades educativas, intercâmbio com projetos sociais, visitas a hospitais, creches, asilos, aulas abertas, exposições e apresentações em São Paulo e no Estado”. Nas Oficinas Culturais, “não serão atendidos 10 grupos no programa de qualificação em artes em 260 encontros de orientação”. Nas Fábricas de Cultura, há projeção da não realização de 250 ateliês, redução do funcionamento de bibliotecas, deixando de atender 7.500 frequentadores. As Fábricas de Cultura também trabalham com a possibilidade de reduzir em 40% o acolhimento ao público, na zona leste, e fechar Bibliotecas, orquestras, bandas, oficinas de férias e cursos noturnos.

Segundo a Abraosc, o impacto pode ser ainda maior. “Algumas estimativas apontam para mais de 30% de corte real para o equilíbrio financeiro dos contratos, principalmente pelo custo das demissões. Outro importante efeito é o impacto negativo para a captação de recursos pelas instituições, pois os cortes diminuirão imediatamente a capacidade das OSs de cumprirem com metas já pactuadas com patrocinadores e, em vários casos, com assinantes de temporada, além do óbvio abalo na imagem e credibilidade dos programas”, diz a entidade. 

A Secretaria de Cultura e Economia Criativa afirma que está tendo conversas “produtivas” com as organizações sociais, com o objetivo de estudar cada caso específico e encontrar maneiras de minimizar os impactos da redução.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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