O vereador Rodrigo Simões (PDT) encaminhou requerimento ao prefeito Duarte Nogueira Júnior (PSDB) solicitando informações sobre a possibilidade de a administração municipal construir outro terminal do transporte coletivo urbano, desta vez na praça Carlos Gomes, no Centro Histórico de Ribeirão Preto, região central da cidade. A decisão foi tomada após o parlamentar realizar enquete em seu perfil nas redes sociais que ouviu 440 pessoas, das quais 372 foram favoráveis à proposta (84,5%) e 68 contrários (15,5%). Entre os anos de 1986 e 1999, a praça Carlos Gomes teve um terminal transporte coletivo urbano por onde passavam linhas importantes, algumas ainda no sistema de trólebus (ônibus elétricos, com cabos) – Fórum, Jardim Iguatemi, Jardim Presidente Dutra, Hospital das Clínicas… –, mas foi desativado pelo então prefeito Luiz Roberto Jábali (PSDB) sob o argumento de melhoraria do trânsito na região central da cidade. O parlamentar defende a viabilidade do equipamento como forma de diminuir os problemas enfrentados pelos usuários que utilizam uma das linhas do transporte coletivo que passa no entorno da praça, principalmente os pontos localizados na rua Duque de Caixas, entre a Barão do Amazonas e a Visconde de Inhaúma. “Temos uma praça pouco utilizada e a população que usa o transporte coletivo urbano naquela região fica sob sol e chuva sem nenhum conforto. Minha proposta é de um terminal menor do que o que existia anteriormente naquele local”, declara Simões. Sobre a possibilidade de a praça ter sido tombada pelo Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Cultural (Conppac), o parlamentar afirmou que, em outubro de 2018, protocolou um pedido de informação aos conselheiros, mas que não obteve resposta. Dados do Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado de São Paulo (Condephaat), que tombou em 2010 o chamado Quarteirão Paulista, apesar de a Carlos Gomes não ter sido tombada, as características (arquitetura e paisagismo) da praça e da XV de Novembro devem ser preservadas pelo município. O requerimento foi enviado ao prefeito Duarte Nogueira (PSDB), ao Consórcio PróUrbano e à Associação Comercial e Industrial de Ribeirão Preto (Acirp). Além do Terminal Carlos Gomes, a administração Luiz Roberto Jábali (1997- 2000) também desativou, em 1999, o Terminal Antônio Achê, ao lado do Mercado Municipal (“Mercadão”), onde foi construído o Centro Popular de Compras (CPC). Os 22 trólebus, avaliados em R$ 700 mil, foram usados para pagar uma dívida da Empresa de Trânsito e Transporte Urbano (Transerp). Na gestão Dárcy Vera (sem partido, 2009-2016), foram construídos plataformas de embarque e desembarque de passageiros, terminais e estações nos bairros e no Centro – a Estação Catedral, com plataformas na Américo Brasiliense e na Visconde de Inhaúma, e dois terminais na avenida Jerônimo Gonçalves, um ao lado do “Mercadão” e outro perto da rodoviária. As obras foram bancadas pelo Consórcio PróUrbano, que investiu R$ 23,8 milhões.