Tribuna Ribeirão
Geral

‘Reajuste zero’ – Servidores farão protestos setoriais

DIVULGAÇÃO/SSM

O Sindicato dos Servidores Municipais de Ribeirão Preto, Guatapará e Pradópolis (SSM/ RP) promove, a partir da ma­nhã desta terça-feira, 26 de março, protestos setoriais para forçar o governo Duarte No­gueira Júnior (PSDB) a apre­sentar uma proposta de reajuste salarial para a categoria. O pri­meiro ato será na unidade do Departamento de Água e Esgo­tos (Daerp) da rua Pernambu­co, nos Campos Elíseos.

No decorrer da semana tam­bém ocorrerão atos nas secre­tarias municipais de Infraestru­tura, Assistência Social, Saúde, Cultura, Meio Ambiente e Edu­cação e e na sede da Guarda Ci­vil Municipal (GCM). O sindi­cato já está entregando aos pais de alunos e aos usuários da rede de saúde uma carta aberta com detalhes sobre a falta de inves­timentos nos dois setores, que estaria prejudicando os serviços prestados aos ribeirão-pretanos.

No documento, a entidade que representa o funcionalismo público municipal pede a com­preensão e o apoio da população nesta luta pela valorização pro­fissional e por serviços públicos de qualidade. “Agora é a hora dos trabalhadores mostrarem sua força. Vamos para os locais de trabalho conversar com cada servidor e mobilizar a categoria, pois somente assim este gover­no vai entender com quem ele está lidando”, diz o presidente do SSM/RP, Laerte Carlos Augusto.

Na última quinta-feira (21), cerca de 30 funcionários públi­cos de Ribeirão Preto foram até a Câmara de Vereadores para pedir o apoio dos parlamentares na campanha salarial deste ano. Durante a manhã, os secretários Alberto José Macedo (Governo) e Nicanor Lopes (Casa Civil) re­ceberam três representantes da categoria e reafirmaram que a administração não tem recursos para atender a reivindicação dos servidores. Antes da reunião, um grupo protestava à porta do Palácio Rio Branco com faixas, cartazes e até um carro de som.

No entanto, a prefeitura manteve a proposta de “conge­lar” os vencimentos da categoria com a oferta de “reajuste zero”. Por meio de nota, o governo diz que reiterou que “dos 145 itens da pauta de reivindicações, a comissão analisou que 127 resultariam em um impacto fi­nanceiro, 14 delas tratam-se de adequações administrativas, em que a maioria já foi cumprida e, outras quatro precisam de aná­lise para apresentar o impacto financeiro”. O sindicato diz que a arrecadação aumentou 8%.

A administração também garante que fará “uma apre­sentação pública com os dados referentes aos impedimentos prescritos pela Lei de Responsa­bilidade Fiscal (LRF), impossibi­lidade orçamentária e os aportes que devem ser realizados até o final de 2019 ao Instituto de Previdência dos Municipiários (IPM).” Na Câmara, segundo o presidente do sindicato, os vereadores se comprometeram a formar uma comissão para negociar com o governo. Uma reunião será agendada com o Comitê de Política Salarial da administração, mas a data não foi definida.

Para o sindicato é funda­mental que o governo reabra, o mais rápido possível, o canal de negociação com os trabalha­dores. “Estivemos na semana passada na Câmara e os vere­adores comprometeram-se a formar também uma comissão do legislativo para participar das negociações. Agora falta apenas o governo agendar a reunião para que possamos ne­gociar”, diz Augusto.

Se não houver acordo na próxima reunião, e nenhuma proposta for apresentada, a cate­goria se reunirá novamente para definir os rumos da campanha salarial. Laerte Carlos Augus­to já avisou que a possibilidade de greve é real – seria a terceira consecutiva na atual gestão. Mas defende o diálogo, desde que a administração apresente uma proposta. A mesma postura é defendida pelo governo.

A pauta de reivindicações da campanha salarial deste ano foi entregue em 28 de feverei­ro e a data-base da categoria é 1º de março. A folha de paga­mento da prefeitura é de apro­ximadamente R$ 61,1 milhões mensais, e a do IPM gira em torno de R$ 36,6 milhões, mas a administração diz que se con­ceder o reajuste vai desobede­cer a LRF. O sindicato discorda e diz que os gastos com pessoal estão em 46,56%, abaixo do li­mite prudencial de 51,3%.

Os servidores pedem reajus­te de 5,48% – são 3,78% de re­posição da inflação acumulada entre fevereiro de 2018 e janeiro deste ano, com base no Índice Nacional de Preços ao Consu­midor Amplo (IPCA), indexa­dor oficial usado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Esta­tística (IBGE) –, e mais 1,7% de aumento real. O mesmo percen­tual (5,48%) será cobrado sobre o vale-alimentação da categoria e no auxílio nutricional dos apo­sentados e pensionistas.

No ano passado, depois de dez dias de greve, que terminou em 19 de abril, foi concedido reajuste salarial de 2,06% com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) do IBGE, com acréscimo de 20% de ganho real, totalizando 2,5% de aumento. O mesmo percentual foi aplicado no va­le-alimentação, que passou de R$ 862 para R$ 883,55, aporte de R$ 21,55, e na cesta básica nutricional dos aposentados. Os dias parados não foram des­contados, mas a categoria teve de repor o período de greve, a segunda mais longa da história da categoria, já que em 2017 durou três semanas (21 dias).

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