A secretária municipal da Educação, Luciana Andrade Rodrigues Silva, será ouvida nesta terça-feira, 26 de março, em audiência da Comissão Especial de Estudos (CEE) que analisa a execução de medidas de segurança em escolas municipais e unidades de saúde. A intenção é que a titular da pasta detalhe tudo o que já foi feito nos últimos meses para ampliar e garantir a segurança aos alunos da rede municipal da cidade e ouça o apelo de pessoas diretamente afetadas pela má condição de segurança nesses locais.
A comissão quer cobrar melhorias nas condições de segurança dos alunos, professores e funcionários das 109 instituições de municipais de ensino. O caso mais recente, e profissionais da educação, foi de um aluno da cidade que ameaçou copiar o episódio do massacre ocorrido na Escola Estafual Professor Raul Brasil, em Suzano, no começo do mês, quando dez pessoas morreram – inclusive os dois atiradores, que cometeram o suicídio – e onze ficaram feridas.
“Não podemos fazer uma loteria diária na segurança de nossos estudantes e ficarmos de braços cruzados, esperando uma tragédia acontecer aqui, para depois lamentar”, adverte a vereadora Gláucia Berenice (PSDB), presidente da CEE. A tucana acompanha a suposta má condição de segurança nas escolas municipais de Ribeirão Preto há anos. De acordo com ela, neste período, foi contatada uma rotina de furtos, roubos, casos de violência contra estudantes e colaboradores da educação.
A CEE vai cobrar a implantação de um projeto para melhorar a segurança nas escolas e unidades de saúde de Ribeirão Preto, já apresentado no dia 13 de março para representantes das áreas de saúde e educação e do Departamento de Água e Esgotos de Ribeirão Preto (Daerp), além de membros dos conselhos municipais com a intenção de mostrar a esses profissionais um modelo ou conceito de tecnologia de segurança que permita combater os constantes furtos em escolas, unidades de saúde e poços artesianos, para que a cidade possa, posteriormente, adaptar-se a essa tecnologia.
“Nós buscamos soluções e apresentamos ao Executivo, mas queremos ter respostas e não engavetamento de ações. Por isso vamos cobrar até que medidas eficientes sejam tomadas em prol da segurança de nossas crianças e jovens estudantes”, protesta a vereadora. Outro ponto que será cobrado novamente é sobre a inclusão de psicólogos e assistentes sociais no quadro de funcionários das escolas municipais.
Desde 2012, a vereadora envia indicações dessa natureza ao Poder Executivo e tem o silêncio como resposta. “Repito mais uma vez: vamos esperar que mais tragédias aconteçam?”, desabafa a vereadora, que relembra ainda, os casos de suicídio envolvendo estudantes da cidade. A Comissão de Estudos também é composta pelos vereadores Orlando Pesoti (PDT), Fabiano Guimarães (DEM) e Mauricio Vila Abranches (PTB).