O número de vítimas fatais em decorrência de acidentes de trânsito caiu 46,1% em Ribeirão Preto no primeiro bimestre deste ano, na comparação com o mesmo período de 2018. A quantidade de óbitos no perímetro urbano da cidade – a malha viária é composta por vias municipais e rodovias concedidas pelo Estado – despencou de 13 para sete, com seis a menos. A média caiu de uma morte a cada cinco dias para uma a cada dez dias, praticamente.
Fevereiro também foi mais tranquilo do que o mesmo período de 2018, talvez por causa do carnaval – a Folia de Momo de 2019 caiu na primeira semana de março. Segundo o Movimento Paulista de Segurança no Trânsito (Infosiga-SP), no mês passado Ribeirão Preto registrou dois óbitos, contra oito do segundo mês do ano passado, queda de 75% e seis mortes a menos. A cidade contabilizou cinco mortes em janeiro de cada exercício.
Nos primeiros 59 dias de 2019, a grande maioria das vítimas fatais é de motociclistas: seis, ou 85,7% do total. A outra estava de carro (14,3%). Todos são do sexo masculino. No primeiro bimestre do ano passado, seis estavam de moto (46,2%), três eram pedestres (23%), dois ciclistas (15,4%) e dois trafegavam de carro (15,4%). Onze homens e duas mulheres morreram nas vias da cidade no começo de 2018.
Neste ano, três das principais causas de óbitos no trânsito não foram definidas. Quatro pessoas morreram em colisões e choques. No mesmo período de 2018, foram três atropelamentos, quatro colisões, três choques e três casos sem definição. Segundo a Empresa de Trânsito e Transporte Urbano (Transerp), que desenvolve várias ações e programas de orientação, conscientização e educação no trânsito, nas vias municipais ocorreram cinco dos sete óbitos deste ano.
Em fevereiro, o Departamento de Educação de Trânsito da empresa, por meio do programa Siga Consciente, promoveu 16 atividades com foco na prevenção de acidentes na malha viária, como as blitze educativas e panfletagens. Ao todo, essas ações alcançaram aproximadamente 3.148 pessoas. Ao comparar o resultado de fevereiro com os registros de óbitos do mesmo mês dos últimos três anos (2016, 2017 e 2018), houve uma diminuição de 83,3%.
Segundo o Infosiga-SP, Ribeirão Preto fechou o ano passado com 92 mortes decorrentes de acidentes de trânsito. Somente em dezembro foram registrados cinco óbitos, um a cada seis dias. Os números, no entanto, são semelhantes aos de 2017, quando 93 pessoas morreram na malha viária da cidade, uma vítima fatal a menos em 2018, queda de 1,07%. Junho e agosto foram os meses mais violentos, com 16 e 15 vítimas fatais, respectivamente, indica o balanço anual.
No ano passado, em Ribeirão Preto, foram cinco óbitos em dezembro, novembro, quatro em outubro, seis em setembro, 15 em agosto, oito em julho, 16 em junho, nove em maio, cinco em abril, seis em março, oito em fevereiro e cinco em janeiro. O município registrou quase oito mortes por mês (7,6), uma a cada quatro dias, em média. Pedestres, motociclistas e ciclistas foram as principais vítimas e representam 80,4% dos casos (74). Dentre as 92 vítimas fatais, 68 eram homens (73,9%) e 24 mulheres (26,1%) – no mesmo período de 2017 foram 79 do sexo masculino (84,9%) e 14 do feminino (15,1%).
Em 2018, 44 motociclistas morreram nas ruas e avenidas de Ribeirão Preto, mesmo número de óbitos do período anterior. Representam 47,8% do total do ano passado. A média é de uma morte a cada oito dias. A quantidade de pedestres mortos na malha viária de Ribeirão Preto caiu 9,1%, baixou de 22 em 2017 para 20 em 2018, duas mortes a menos. Representa 21,7% do total de óbitos. Os acidentes fatais envolvendo ciclistas ficaram estáveis, com leve alta de 1,1%, passando de nove para dez, um a mais. A média atual é de uma morte a cada 36 dias. Representa 10,82% do total.