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Política

Tapa-buracos e recape – Vereadores fazem dez pedidos por dia

JF PIMENTA/ ESPECIAL PARA O TRIBUNA

Levantamento feito pelo Tribuna junto ao Portal da Câmara de Vereadores revela que, do início de janeiro a 18 de março, foram protocolados pelos parlamentares, junto à prefeitura de Ribeirão Preto, 763 requerimentos e indica­ções de tapa-buracos e reca­peamentos na cidade – tem 1,5 mil quilômetros de ruas, avenidas, travessas e alamedas pavimentadas. A média é de quase dez por dia (9,9).

Deste total, 491 foram para serviços de tapa-buracos – mais de seis por dia – 272 para recapeamento –, média diária superior a três. O instrumento jurídico mais utilizado pelos vereadores para fazer estas rei­vindicações é a indicação, que totalizaram 381 solicitações para tapar as crateras e 176 para recape de vias.

As indicações funcionam como sugestões para a prefei­tura, que não precisa respon­der ao parlamentar o que fez a respeito do assunto. Já o re­querimento obriga o prefeito a responder, no prazo de 15 dias, qual medida adotou sobre a reivindicação. A Câmara já ex­pediu neste ano 110 documen­tos deste tipo para tapa-bura­cos e 96 para recapeamento.

Segundo o presidente da Casa de Leis, Lincoln Fernandes (PDT), o número de pedidos mostra que os vereadores estão atentos e cobrando da prefeitura a solução para o problema, que tem causado muita dor de cabe­ça e prejuízo para a população. “Espero que a administração acabe com os buracos e melhore a malha viária da cidade. Vamos continuar cobrando”, diz.

CPI do Tapa-Buracos
Além das solicitações pro­tocoladas, a Câmara de Verea­dores instaurou uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a Operação Ta­pa-Buracos na cidade e verificar porque a prefeitura não executa integralmente os serviços se­guindo todas as regras exigidas para o serviço especificadas pela Associação Brasileira de Nor­mas Técnicas (ABNT).

Em recente depoimento à CPI, presidida por Alessandro Maraca (MDB), o então secretá­rio de Infraestrutura, Alexandre Betarello, citou como exemplo a falta de rolos para compacta­ção da massa asfáltica aplica­da. Com isso, segundo ele, essa compactação acaba sendo feita pelos próprios veículos que pas­sam pelas ruas ou avenidas após a realização da operação. Hoje o município teria apenas um rolo compactador quando precisaria no mínimo de quatro.

Afirmou também que a administração “fazia remendos”. Dias depois do depoimento, foi exonerado do cargo de secretário sendo substi­tuído pelo engenheiro Luiz Edu­ardo Garcia. A CPI também tem como membros Orlando Pesoti (PDT), Jean Corauci (PDT), Paulo Modas (Pros) e Adauto Honorato, o “Marmita” (PR).

Dados da administração municipal revelam que, dos 1.500 quilômetros de ruas e avenidas pavimentadas em Ri­beirão Preto, 225, ou seja, 15% apresentam problemas como deteriorização ou buracos. Diariamente, segundo a Secre­taria Municipal de Infraestru­tura, são fechadas 800 crateras nas ruas e avenidas. Atualmen­te existem oito equipes, entre funcionários da empresa ter­ceirizada e equipes da própria pasta, realizando este serviço.

Disse também que come­çou a executar, em vários casos, a operação com o chamado “recorte do asfalto”. Em relação ao recapeamento, a secretaria informou que já atingiu cerca de 200 quilômetros de ruas e avenidas da cidade. Neste ano, estão previstos mais 200 qui­lômetros. Os trabalhos dessa nova etapa já foram concluídos no Jardim Cândido Portinari, com 14 trechos recuperados, no bairro São José, com doze, e no Recreio das Acácias, com um trecho de 800 metros.

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