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Suzano e a banalidade do mal e/ou a legitimação da violência

A filósofa Hannah Arendt, judia, de origem alemã, desen­volveu o conceito “banalidade do mal”, por muitos, incom­preendido. Arendt defende que, o resultado da massificação da sociedade, se criou uma multidão incapaz de fazer julga­mentos morais, razão porque aceitam e cumprem ordens sem questionamentos.

O conceito explica muito sobre aquele amigo pai de família, ou aquele tiozão gente boa, que defendem massacre, extermínio e são contra os direitos humanos na rede social.
As pessoas aceitam, por vingança ou sociopatia, e o mal se torna banal na vida das pessoas como uma espécie epidêmica.

O Guarda da esquina.
Em 13 de dezembro de 1968, quando o governo Costa e Silva assinou o Ato Institucional 5 nos levando ao arbítrio, o vice-presidente, Pedro Aleixo, foi o único a discordar dos termos da regra do regime de exceção.

“Presidente”, disse, “o problema de uma lei assim não é o senhor, nem os que com o senhor governam o país. O proble­ma é o guarda da esquina”.

Quando o governante se elege com a plataforma de mais violência, desfazendo dos direitos humanos, fugindo dos debates, legitima a… violência, não só do guarda da esquina, mas, como de qualquer cidadão. Para tanto basta ver as redes sociais dos assassinos.

Sobre Suzano.
Todos dias morro um pouco, ontem um tanto mais!

Num país sério o presidente da República teria feito como o ex-presidente americano, Barack Obama, que condenou a facilitação do armamento após um massacre numa escola em Connecticut.

Mas o armamento é uma das plataformas eleitorais, pasmem! Onde senador da República defende professores armados, desestruturando todo o ambiente escolar. Imagi­nem as crianças vendo alguém com um 38 na cintura entre a aula de Geografia e a de Matemática? Imaginem a banalidade da imagem daquele revólver se tornando comum como a merenda diária.

Dias atrás a polícia subiu o morro no Rio de Janeiro, fa­zendo uso de atiradores em helicópteros, matou geral, diziam, entre estes pais de família, a PM saiu de lá com uma granada e uma metralhadora como recompensa.

Na semana passada, num condomínio de luxo no Rio de Janeiro, encontraram 177 fuzis – fuzis! – na casa do ex-poli­cial que matou a vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ). De­talhe, o ex-policial miliciano era ficha limpa e condecorado pelo Legislativo do Estado.

Enfim, qualquer coisa que saia do escopo de uma socieda­de sana, ou que, retire o monopólio da segurança do Estado, é um caminho sem volta: o da banalidade do mal.

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