Tribuna Ribeirão
Política

Prime Infraestrutura é considerada inidônea

FERNANDO GONZAGA/CCS

A prefeitura de Ribeirão Pre­to publicou, no Diário Oficial do Município (DOM) desta sexta-feira, 22 de fevereiro, a aplicação de penalidade contra a Prime Infraestrutura e transformou a construtora em empresa ini­dônea por não ter concluído a duplicação da avenida Antônia Mugnato Marincek, a popular “Estrada das Palmeiras”, princi­pal via de acesso ao complexo de bairros do Ribeirão Verde, na Zona Leste, e à Rodovia Anhan­guera (SP-330), que está sendo feita com recursos do Programa de Aceleração do Crescimento II – PAC da Mobilidade Urbana.

Com a decisão, depois de várias notificações, a Prime In­fraestrutura fica impedida de participar de licitações e pres­tar serviços públicos em todo o Brasil, por um período de cinco anos, mas a construtora ainda pode recorrer administrativa e judicialmente, se for o caso, como já ocorreu anteriormen­te. A penalidade é resultado de um processo administrativo que começou no ano passado, mas a empresa já acumula de­núncias desde 2014.

Na época, foi impedida de disputar certames por dois anos devido a um problema com a prefeitura paulista de Votupo­ranga. Foi incluída no Cadastro Nacional de Empresas Inidône­as e Suspensas e não poderia ter participado da licitação do PAC em Ribeirão Preto, finalizada em junho de 2016, na gestão da ex-prefeita Dárcy Vera (sem partido), mas recorreu à Justiça e obteve uma liminar.

A própria prefeitura de Ri­beirão Preto já havia autuado a empresa seis vezes por atrasos nas obras do PAC de pavimen­tação no Jardim Itaú, na Zona Oeste, e, por isso, foi multada em R$ 291 mil e teve o contrato rompido pelo Palácio Rio Bran­co em janeiro de 2016. Execu­tou apenas 37,9% (recebeu R$ 1,1 milhão dos R$ 2,9 milhões previstos), menos de metade do contrato. Na época, o advogado da Prime Infraestrutura, Pedro Henrique Infante, disse que a empresa tinha “lastro financei­ro” para executar a duplicação da “Estrada das Palmeiras”. O Tribuna não conseguiu contato com representantes da constru­tora nesta sexta-feira (22).

De acordo com a conclusão do processo, a Prime Infraes­trutura “é considerada inidônea e não poderá licitar ou contratar com a administração pública, nos termos do artigo 87, IV da lei nº 8.666/93 (Lei das Licitações), pelo prazo de cinco anos” com o muni­cípio. A decisão será comunicada ao Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCE-SP). Terceira colocada no processo de licitação da avenida, a Tecla Construções assumiu a duplicação da “Estra­da das Palmeiras” em novembro de 2017 e deve entregar as obras em junho deste ano.

A duplicação da avenida é uma das obras executadas com re­cursos do PAC da Mobilidade Ur­bana, com investimento total de R$ 310 milhões. A Prime Infraes­tutura venceu o certame ao apre­sentar o menor valor, de R$ 25,3 milhões. A obra estava orçada ini­cialmente em R$ 35,9 milhões. A empresa recebeu da prefeitura R$ 2,23 milhões. Ou seja, a adminis­tração municipal está investindo mais R$ 23,07 milhões na dupli­cação, agora sob responsabilida­de da Tecla Construções, que vai terminar os 91,8% restantes.

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