Tribuna Ribeirão
Política

Vereadores ouvem chefe da Transerp

ALFREDO RISK

A Câmara de Vereadores aprovou, na quinta-feira, 21 de fevereiro, a realização de sessão extraordinária para ouvir o superintendente da Empresa de Trânsito e Trans­porte Urbano de Ribeirão Pre­to (Transerp), Antônio Carlos de Oliveira Júnior. A convoca­ção do chefe da companhia de tráfego já havia passado pelo plenário do Legislativo, no dia 12, por unanimidade.

A “sabatina” será na pró­xima terça-feira, 26 de feve­reiro, às 16 horas, no plenário da Casa de Leis. A convocação partiu de um projeto de resolu­ção da Mesa Diretora. Oliveira Júnior vai prestar esclareci­mentos sobre a licitação – mo­dalidade pregão presencial – para a contratação de empresa que vai auditar o sistema de bi­lhetagem eletrônica do trans­porte coletivo da cidade.

Segundo o projeto aprova­do, os vereadores querem ex­plicações porque a contratação com recursos municipais, já que o relatório final de Comissão Parlamentar de Inquérito do Transporte (CPI), instalada e já concluída no Legislativo, apon­tou a existência de diversas irre­gularidades no contrato de con­cessão do transporte coletivo.

Uma delas seria a neces­sidade de a Transerp, como autarquia fiscalizadora, ser a responsável pelo controle de bi­lhetagem do Consórcio PróUr­bano e que este custo deveria ser pago pelo grupo concessionário. Em sua justificativa, também cita que o controle de bilheta­gem hoje é realizado diretamen­te pela concessionária, que “vem descumprindo inúmeras cláu­sulas contratuais”.

Lembra que o assunto “vem mobilizando o Ministé­rio Público Estadual, Judiciá­rio e Legislativo Municipal na busca pelo cumprimento inte­gral do contrato e proteção dos interesses difusos e coletivos da população que faz uso do sistema”, diz o texto.

Presidente da CPI que in­vestigou o transporte coletivo na cidade, Marcos Papa (Rede) afirma que a atual administra­ção municipal está atrasada dois anos em relação ao assunto. Vale lembrar que o contrato de con­cessão do transporte coletivo foi assinado em maio de 2012, durante a gestão da ex-prefei­ta Dárcy Vera (sem partido). Ele está sob responsabilidade do atual governo desde 2017.

A CPI do Transporte con­cluiu seus trabalhos em julho de 2018 e detectou, segundo o parlamentar, várias irregularida­des, como o fato de a bilhetagem do transporte coletivo nunca ter sido fiscalizada de forma corre­ta e que a prefeitura não audi­tava os dados repassados pelo PróUrbano. O relatório final da CPI foi encaminhado para o MPE, através da Promotoria da Cidadania, para o Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCESP), Ministério Público de Contas do Estado de São Paulo, Transerp e pre­feitura de Ribeirão Preto.

A abertura das propostas da licitação ocorreu em 7 de feve­reiro e como não houve inter­posição de recurso, a empresa vencedora do certame foi a Stella & Farias Comércio e Serviços de Tecnologia Ltda. Venceu o pre­gão com lance no valor de R$ 156,5 mil para o período de doze meses, ou R$ 13.041,00 mensais Dados do PróUrbano revelam que 150 mil passageiros utili­zam diariamente o transporte coletivo. O grupo é formado pelas empresas Rápido D`Oeste (40%), Transcorp (30%) e Turb (30%). Atualmente, opera 119 linhas com 356 veículos.

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