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Guarda Civil terá a frota renovada

ALFREDO RISK

A Câmara de Vereadores aprovou, na sessão desta quinta-feira, 21 de fevereiro, o projeto de lei que autoriza a prefeitura de Ribeirão Preto a abrir crédi­to especial, no valor de R$ 1,5 milhão, junto à Secretaria Na­cional de Segurança Pública do Ministério da Justiça (Senasp). Os recursos oriundos de duas emendas parlamentares, uma do deputado federal Baleia Rossi (MDB-SP), e outra dos deputados Roberto Alves (PR­B-SP) e Fausto Pinato (PP-SP) serão utilizados para compra de novas viaturas para a Guarda Civil Municipal (GCM). A esti­mativa é que sejam comprados 15 veículos.

A aprovação foi por unani­midade com 24 votos a favor – o presidente Lincoln Fernandes (PDT) só vota em caso de empa­te e Adauto Honorato, o “Mar­mita” (PR), e Renato Zucoloto (PP) não compareceram. Atu­almente, a corporação tem 206 servidores e 20 veículos – seis motocicletas e 14 viaturas. Em 25 de outubro do ano passado, o Legislativo já havia aprovado outro projeto da prefeitura que autoriza a contratação de crédito junto ao Banco do Brasil, no va­lor máximo de R$ 4,55 milhões.

O recurso será para a aquisi­ção de bens e serviços com o ob­jetivo de implantar o Programa Ribeirão Segura – parte dos re­cursos será utilizada na renova­ção das viaturas da GCM e tam­bém na compra de câmeras do Sistema Detecta. Por causa da alta quilometragem, a frota da Guarda Civil Municipal está de­preciada e com recorrentes pro­blemas mecânicos. Alguns dos 15 veículos têm mais de 120 mil quilômetros rodados e isso eleva os custos para manutenção – os mais novos são de 2013. Vinte dias antes da votação, o prefeito Duarte Nogueira Júnior (PSDB) já havia avisado que a renovação seria de 100%.

De acordo com a supe­rintendente Mônica Noccioli, a verba será destinada para a aquisição de veículos para o acompanhamento de áreas de invasão, ronda escolar e para o patrulhamento preventivo em comunidades, parques, praças e locais turísticos do município. Com o financiamento do Banco do Brasil, também será possível a implantação de 50 câmeras do Sistema Detecta para o monito­ramento de veículos, por meio da leitura automática de placas, com investimento estimado de R$ 1,5 milhão.

Os novos equipamentos vão se juntar com os 24 pontos do projeto Olhos de Águia, que funcionam na região central de Ribeirão Preto, somando 74 posições de monitoramento na cidade. As câmeras residen­ciais e comercias que tiverem a tecnologia adequada também podem ser interligadas ao De­tecta futuramente.

Também em outubro do ano passado, a prefeitura entregou para os guardas municipais uni­forme completo composto por camisa com a tarjeta de iden­tificação, calça e boné, capa de colete, jaqueta de frio, cinturão ergonômico completo (coldre, capa de segurança, porta-alge­mas, porta-gás, porta-tonfa e fiel retrátil), bota cano curto e camiseta para o uniforme de verão. Para as equipes de moto­ciclistas e da Patrulha Ambiental também foram adquiridas botas especiais. Custou R$ 106 mil aos cofres públicos.

Sem mudança de nome
Na última terça-feira (19), a Câmara não votou o projeto que daria status de polícia à Guarda Civil Municipal. Um dos auto­res da proposta, Otoniel Lima (PRB), diz que decidiu retirá-la da pauta porque uma nova pro­positura foi apresentada por ele, o da criação da Guarda Civil Metropolitana. Com a decisão do parlamentar, voltou a trami­tar na Casa de Leis o projeto de Marinho Sampaio (MDB), que trata do mesmo assunto. No en­tanto, o Tribuna apurou que dois motivos pesaram para evitar a votação: o tempo de aposenta­doria dos servidores da corpora­ção e o armamento que poderia ser utilizado por eles.

Atualmente a guarda civil municipal segue as mesmas re­gras do funcionalismo público e precisa de 35 anos de contri­buição para se aposentar. Com mudança de nomes, eles pode­riam recorrer à justiça e tentar obter o benefício com 30 anos. Há inúmeras ações judiciais de GCMs de todo o Brasil requi­sitando o benefício com base neste período de três décadas, principalmente nas cidades que alteraram a nomenclatura da Guarda Civil, apesar de a Constituição Federal ser clara ao dizer que segurança públi­ca é atribuição do Estado e da União. Com a reforma da Pre­vidência, porém, mais dúvidas foram levantadas.

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