Prédios, pessoas, gestos espontâneos e interação corpo a corpo. Tudo isso está nas ruas, disponível para todos, mas com o olhar exclusivo de quem observa. A fotografia de rua é um gênero que cresce cada vez mais por ser democrática, acessível e inesgotável. Um workshop neste sábado (23), em Ribeirão Preto, vai dar dicas rápidas e objetivas aos participantes, amadores ou não. Basta gostar de fotografar e levar uma câmera ou smartphone para o curso de três horas, que começa no Espaço A Coisa e percorre o Centro.
Além de um papo sobre conceitos básicos como enquadramento, iluminação e pré-visualização, o fotógrafo Beto Baptista, professor do wokshop, também apresenta uma breve história dos prédios tombados que serão visitados durante o curso. E discorre sobre fotos e fotógrafos relevantes para a história, entre eles, grandes influenciadores de sua paixão pela fotografia de rua, como o francês Henri Cartier-Bresson.
Profissional há 28 anos, Beto Baptista também fotografa para campanhas publicitárias, e-commerce e eventos sociais. Antes disso, foi fotojornalista da Folha de São Paulo e das revistas Globo Rural e Revide, o que deu a ele um contato direto com a fotografia de rua. Mas a paixão pela modalidade começou no início de sua carreia, quando atuou por cerca de 15 anos como laboratorista em Ribeirão e São Paulo, num dos períodos de maior mercado para a revelação de fotos.
“Comecei de trás pra frente, dominando a etapa final do processo. Foi aí que aprendi a observar como uma boa foto pode contar uma história e revelar muito sobre quem fotografa”, conta Beto Baptista, que estudou na Escola Panamericana de Arte e em cursos no Sesc Pompeia e no Instituto Educacional Kodak.