Tribuna Ribeirão
Turismo

Aventuras de família em uma autocaravana

Muitas pessoas sonham em viajar pela Europa, conhecer vá­rios países e viver uma grande aventura em família. A bordo de uma autocaravana, o filóso­fo e jornalista Fabiano de Abreu (37) resolveu sair de férias com a família e excursionar pelo Velho Continente: “eu a minha esposa, Jennifer de Paula (26), grávida de 5 meses (baseando na data da viagem) do Nicolau, resolve­mos aproveitar os dois meses de férias dos nossos filhos, Gabrie­la Rodrigues (8) e Brandon de Paula (9), para fazer um tour na Europa, para que conheçam ou­tros países e entendam culturas e naturezas variadas. Como uma aprendizagem divertida”.

Para garantir a diversão de toda família, Fabiano optou por fazer o roteiro a bordo da autocaravana, que lhes oferecia estrutura de dormitório, casa de banho e cozinha: “A empre­sa Cascatas&Aventuras cedeu-nos uma AutoHome ou Auto­caravana, com uma cama de casal, um beliche, casa de ba­nho com ducha e sanita, aque­cedor, fogão, forno microondas e toda estrutura”.

Roteiro de Viagem
1- Madrid
A família saiu de Coimbra, em Por­tugal, rumo a esta grande aventura, e levou consigo também o pet da família, Floki, que garantiu também a diversão das crianças durante o trajeto. O primeiro destino foi Madrid, em Espanha: “Madrid fica a apenas 5 horas de Coimbra. É uma cidade grande, com gente de todos os países, mas que preserva na arquitetura e na cultura caracterís­ticas bem definidas. São mais de 3 milhões de habitantes, mas não tem-se a sensação de estar sufo­cado por toda gente, com exceção das áreas turísticas”.

2- Barcelona
Barcelona é uma cidade incomum com uma arquitetura única, a grande maioria de Gaudí, com sua arquitetura inigualável. É uma ótima cidade para jovens e apre­ciadores da cultura, extremamente linda Barcelona. Uma cidade que vale conhecer.

3- Andorra O pequeno país entre Espanha e França impressiona com suas paisagens de rara beleza: Ras­gamos o centro-sul da Espanha, com sua natureza desértica, céu aberto e uma temperatura não muito diferente de Portugal, entre 3 a 12 graus celsius, a depender da hora do dia. De Barcelona fomos ao principado de Andorra, que é bastante bonito e com uma arqui­tetura contemporânea e romântica. Para mim, um dos lugares mais bonitos que já visitei na vida. O típico lugar que até os que não gostam de repetir, poderiam ir novamen­te. Meu voto é para Andorra como um dos lugares mais bonitos do mundo.

4- Pirineus
Os Pirenéus são uma cordilheira no sudoeste da Europa cujos montes formam uma fronteira natural entre a França e a Espanha a contar com Andor­ra. Separam a Península Ibérica da França, e estendem-se por aproximadamente 430 km, desde o golfo da Biscaia, no oceano Atlântico, até ao cabo de Creus, no mar Mediterrâneo. As belezas naturais são incríveis com aquela linda paisagem de filme dos picos brancos de neve.

5- Sul da França
Cruzamos o sul da França, por regiões e cidades como Toulouse, Montpellier, Marselha para subir pelos alpes através de Gap. O sul da França é uma mescla de muita história mas de abandono. Picha­ções em paredes, placas derrubadas, viadutos sem manu­tenção, parece um mundo pós apocalipse. E o que menos vi foram franceses. Africanos, árabes, indianos, como um país invadido e sem identidade.

6- Alpes Franceses
A caminho da Suíça op­tei por fazer o caminho dos Alpes a partir da França, passando pela Itália e de lá entrando na Suíça. Assim conheceria os Alpes dos três países a começar pela cidade de Gap, na reserva de ÉcrinsNational Park na França, não muito dis­tante de Mont Blanc, nos Alpes franceses.

7- Alpes Italianos
A fronteira franco-i­taliana estende-se ao longo de 488 km, a sudeste da França e noroeste da Itália. Começa no noroeste na tríplice fronteira França – Itália – Suíça, no cume do monte Dolent (3820 m de altitude), na comuna fran­cesa de Chamonix-Mont-Blanc (departamento de Alta Saboia), comuna italiana de Courmayeur (Vale d’Aosta) e na cidade suíça de Orsières (cantão de Valais).


A fronteira segue depois uma direção geral para sul, até ao mar Mediterrâneo, que atinge entre Mentonem França e Ventimiglia em Itália. A linha separa três regi­ões italianas (Ligúria, Piemonte e Vale de Aosta) e quatro províncias (Vale de Aosta, Cuneo, Imperia e Turim) de duas regiões francesas (Provence-Alpes-Côte d’Azur e Ródano-Alpes) e cinco departa­mentos (Alpes-de-Haute-Proven­ce, Alpes Marítimos, Hautes-Alpes, Alta Saboia e Saboia).

7- Turim e Milão
Eu poderia ir para o destino final, a Suíça, pela França, mas preferi passar pela Itália que tem todo um significado especial. Me formei em italiano quando novo, como admirador da cultura e da história. Itália é a capital do império que nos formou e cada canto do país vemos Roma. Minha filha descen­de de italianos pela família da sua mãe e no Brasil, convivemos com milhares de descendentes italiano e sua cultura está evidente no país. Por isso, passar em Turim e ver o estádio da Juventus do conter­râneo Cristiano Ronaldo, da terra de minha herança genética, Ilha da Madeira. E passar por Milão e conhecer essa linda cidade repleta de cultura e história. Vale a pena conhecer a Itália e este país onde encontra-se, a meu ver, o maior número de gente bonita por metro quadrado.

8 – Suíça
Estivemos em Berna, Zurique, Basiléia e Genebra que foi o caminho de volta, fronteira com a França. Suíça era mais ou menos o que imaginei, um lugar bastante desenvolvido e com uma beleza incrível. Foi onde vimos mais neve cair do céu mas, não foi onde nos divertimos mais na neve. A Suíça não faz parte da UE, mas aceita o Euro e isso facilita bastante. Os preços não são tão mais caros que na França, mas a vida é muito mais cara que em Portugal.

9- Alemanha
Eu não poderia estar na Suíça e não passar na Alemanha. Um país com muitas histórias antigas e recentes e com estradas de dar inveja a qualquer outro país. E os bueiros? Dá vontade de mirá-los e passar de carro por cima, não faz efeito, são perfeitos. Estar no interior da Alemanha e viver a essência da verdadeira cultura é magnífico. Cada canto parecia um filme da segunda guerra. E para os amantes de um bom carro, é o lugar ideal.

10- Regresso à Suíça
Da Alemanha voltamos à Suíça, para Genebra e de Genebra come­çamos nosso regresso pelo centro da França. Se o sul da França era um mundo pós apocalíptico, no Centro não, já tinha mais cara de França. Lá foi onde as crianças mais se divertiram na neve. Pela consistência da neve em um dia lindo, com a temperatura de -2°C a 2°C mas bastante confortável, final da tarde chegou a -10°C. Foi lá onde nos deparamos com um lobo selvagem, bastante comum na região. Uma região com muitas reservas florestais e fazendas. Beiramos a Réservenaturellena­tionale de la Haute Chaînedu Jura sentido Mâcon.

11- Interior e Centro-Sul França
Traçando a reta centro-sul da França, pós Lyon, atravessamos os parques naturais (ParcNaturelRé­gional de MillevachesenLimousin) e (Périgord Natural Regional Péri­gordLimousin). Em Clermont-Fer­rand pegamos áreas congeladas com sensação térmica abaixo de -5. Foram 200km de distância a 30km/h quase sempre deslizando nas curvas da estrada que mais parecia uma pista de patinação. A caminho da Espanha passamos por lindas regiões de fazendas onde pudemos experimentar um bom patê foiegras legítimo, bem diferente desses comprados nos mercados que se dizem originais. Pudemos ver uma arquitetura le­gítima francesa do interior de uma região de fazendas com diversos dos mais famosos produtos franceses que conhecemos em todo mundo. No mercado, uma va­riedade absurda de produtos para um ‘queijos e vinhos’ que não tem comparação com os que podemos ter no Brasil ou em Portugal.

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