Tribuna Ribeirão
Geral

CEE do Bom Prato – Comissão estuda ações para 2019

ALFREDO RISK

Os vereadores Igor Oliveira (MDB), Jean Corauci (PDT) e Adauto Honorato, o “Marmita” (PR), reuniram-se para a instala­ção da Comissão Especial de Es­tudos do Bom Prato. No encontro, na última quinta-feira, 14 de feve­reiro, eles planejaram como serão realizados os trabalhos durante o ano de 2019. A CEE foi reaberta após a promessa do governo de inaugurar a segunda unidade do restaurante não ser cumprida, se­gundo os parlamentares.

Em outubro de 2017, durante uma solenidade no Palácio dos Bandeirantes, o então governador Geraldo Alckmin (PSDB) anun­ciou que o segundo restaurante em Ribeirão Preto ficaria pronto em março do ano seguinte. A data acabou sendo prorrogada para setembro, mas até agora não saiu do papel. O requerimento para o desarquivamento foi votado na sessão ordinária do dia 7 e acabou aprovado por unanimidade.

Ao contrário do mérito pri­mário, que era de cobrar a insta­lação de mais um Bom Prato na cidade, esta fase da CEE tem o objetivo de esclarecer a demora da implantação da unidade, além dos custos reais aos cofres públicos. “O anúncio do novo restaurante popular gerou uma expectativa muito grande na população. Nós não podemos permitir que essa expectativa se torne frustração. Nós temos pessoas no Hospital das Clínicas que sofrem todos os dias pela subnutrição. É por elas que vamos lutar”, diz o presidente da CEE, Igor Oliveira.

Para Jean Corauci, a volta da comissão vai colaborar muito para acelerar a implantação do restaurante. “Desde a criação da CEE nós temos trabalhado mui­to. Fizemos várias diligências, ou­vimos autoridades relacionadas ao assunto, enfim, vamos repetir nossa luta em 2019 e concretizar mais essa conquista para Ribei­rão”, diz. Já “Marmita” lembra que, além dos parlamentares, a força da população foi demonstrada. “Em apenas 20 dias, mais de 40 mil assinaturas pedindo o Bom Prato para os pacientes do HC foram coletadas”, ressalta.

A segunda unidade do res­taurante será instalada na rua Capitão Pereira Lago nº 1.605, no bairro Monte Alegre. A primeira fase da CEE teve duração de 248 dias e terminou em dezembro de 2017. O primeiro relatório mos­trou que, naquele ano, o Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto atendeu mais de 700 mil pesso­as. Outra conquista foi a doação, por parte da Universidade de São Paulo (USP), de um terreno para a construção do Bom Prato. A área fica na rua Tenente Catão Roxo, próxima do novo estacionamento construído pelo HC.

Porém, o local foi ignorado e um salão foi apresentado pelo prefeito Duarte Nogueira Júnior (PSDB) como viável para a insta­lação do restaurante. O fato não agradou os membros da comissão que prontamente se manifestaram contra a decisão. O local escolhido fica a mais de um quilômetro do hospital e dificulta o acesso dos pacientes. Em novembro do ano passado, a comissão de seleção da Secretaria de Desenvolvimen­to Social do Estado de São Paulo definiu o Instituto Protagonista como organização da sociedade civil (OSC) responsável para ad­ministrar a nova unidade do res­taurante Bom Prato.

O valor global para a execução da parceria é de R$ 3.429.007,87, dos quais R$ 2.376.162,00 corres­pondem a repasses da pasta (ou 69,3%), outros R$ 715.855,87 à contrapartida da prefeitura de Ri­beirão Preto (20,9%) e R$ 336,99 mil de pagamentos realizados pe­los usuários do programa (9,8%). De acordo com o edital, deverão ser fornecidos 1.400 almoços diariamente, dos quais 140 para crianças com até seis anos de idade e 1.260 para adultos, de segunda a sexta-feira, exceto aos feriados.

O valor pago pelos usuários será de R$ 1 e as crianças até seis anos estarão isentas. Também está previsto o fornecimento de 300 cafés da manhã diários, a R$ 0,50 para os usuários. O custo total do almoço será de R$ 5,70 e do café da manhã R$ 1,96. A diferença entre o preço pago pelo usuário e o valor total das refeições será sub­sidiado pela esfera pública.

O Bom Prato do Centro, na rua Saldanha Marinho nº 765, serve diariamente 2.050 refeições, sendo 1.750 no almoço a R$ 1 e 300 no café da manhã, a R$ 0,50. A entidade responsável pela uni­dade é Associação Espírita Casas de Betânia. Desde sua inaugu­ração, em novembro de 2005, o restaurante já atendeu mais de 4,6 milhões de pessoas. A rede de res­taurantes serve diariamente mais de 100 mil refeições, entre almoço e café da manhã.

O almoço, com 1.200 calorias, feito de arroz, feijão, salada, legu­mes, farinha de mandioca, um tipo de carne, pãozinho, suco e sobremesa (geralmente uma fruta da época). Já o café da manhã tem leite com café, achocolatado ou io­gurte, pão com margarina, requei­jão ou frios e uma fruta da estação. A refeição tem 400 calorias em média. O serviço foi implantado em todos os restaurantes do Esta­do em setembro de 2011. Desde a implantação do Programa Bom Prato, foram servidas quase 200 milhões de refeições.

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