Termina à zero hora deste domingo, 17 de fevereiro, o horário de verão 2018/2019, que começou em 4 de novembro do ano passado com duração de 105 dias, 21 a menos do que na edição anterior. À meia-noite de sábado (16), os relógios deverão ser atrasados em uma hora. A CPFL Paulista, que atende 4,4 milhões de unidades consumidoras em 234 cidades do Estado de São Paulo – 290 mil somente em Ribeirão Preto –, estima economia de 48.561 megawatts-hora em sua área de concessão.
Este volume seria suficiente para abastecer Ribeirão Preto – cidade com 694.534 habitantes,segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) – por oito dias, Campinas por quatro, São José do Rio Preto por doze, Marília por 28 e Bauru por 17. Na edição anterior do horário de verão, que durou 126 dias, a companhia anunciou economia de 41,3 mil MWh no consumo de energia, suficiente para abastecer para atender os ribeirão-pretanos por nove dias – a atual foi mais curta por causa das eleições gerais, já que o segundo turno ocorreu em 28 de outubro.
De acordo com o diretor de Distribuição da CPFL Energia, Thiago Freire Guth, os resultados mostram que a adoção do horário de verão é capaz de melhorar o aproveitamento da luz natural e de reduzir o consumo de energia elétrica, especialmente a demanda no horário de pico, das 18 às 21 horas. Para o executivo, o deslocamento do horário oficial em uma hora, principal objetivo do horário especial, contribui para mitigar os riscos de sobrecarga no sistema elétrico, no momento em que é mais demandado.
“Normalmente, as pessoas começam a chegar em suas casas a partir das seis da tarde, sendo que uma das primeiras ações é acender a luz. Na mesma hora, entram em operação a iluminação pública e os luminosos comerciais, além de as indústrias seguirem operando. No período do horário de verão, com o adiamento dos relógios em uma hora, as cargas das residências e de iluminação pública passam a operar após às 19 horas, quando o consumo industrial já está reduzindo”, explica Guth.
Além da economia no consumo de energia, outro ganho está em diminuir os riscos de sobrecarga no sistema elétrico no horário de pico de consumo. No período de pico, há expectativa de uma redução de 2,5 % na demanda de energia, o que contribui para reduzir a geração das termelétricas (mais caras e poluentes).
Histórico – A medida foi adotada pela primeira vez no Brasil em 1931, mas de forma consecutiva, acontece há 28 anos. Os estados que adotam a medida são: Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Distrito Federal. Em 8 de dezembro de 2008, foi assinado pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva o decreto de número 6.558, que estabelece os padrões para as futuras horas de verão em parte do território nacional.