Tribuna Ribeirão
Cultura

Fluxxo traz cinco bandas à cidade

WESLLEY ALENKAR

O Festival Itinerante Fluxxo chega a Ribeirão Preto nesta se­mana. Com uma programação gratuita de shows e oficinas, o evento está em turnê de quase três semanas, com cinco novas bandas circulando por mais cinco cidades paulistas: São José do Rio Preto, Sorocaba, São José dos Campos, São Paulo e Santos – onde a temporada termina em 23 de fevereiro.

Em Ribeirão Preto, será na sexta-feira, 8 de fevereiro, e no sábado (9). As oficinas de “Políticas públicas – partes 1 e 2” serão ministradas no Memorial da Classe Operária – UGT (rua José Bonifácio nº 59, Centro), pelo professor Inti Queiroz, na sexta, das 14 às 18 horas, e no sábado, das oito às 12 horas. Inscrições no ende­reço eletrônico https://fluxxo. cc/Oficina-Politicas-Culturais.

O Festival Fluxxo em Ri­beirão Preto terá shows de Obinrin Trio, Judas no Deserto, Suco de Lúcuma, Sujeito Coleti­vo e Meire D’origem, Começa às 22 horas de sexta-feira (8) e vai invadir a madrugada de sábado (9), até as três horas da manhã, na Fábrica de Extintores, na rua Flávio Uchôa nº 2.151, nos – Campos Elíseos, Zona Norte. A entrada é franca, mas está sujeita à lotação da casa.

Nesta primeira edição do festival, a ideia é fazer circu­lar a novíssima música feita no Brasil. Ou seja, fornecer a primeira grande experiência de estrada para cinco bandas selecionadas através do edital anunciado em novembro do ano passado. As bandas que cairão na estrada são: Meire D’origem, Obinrin Trio, Judas no Deserto, Sujeito Coletivo e Suco de Lúcuma.

Outro objetivo do Fluxxo é reunir profissionais do mer­cado musical (artistas, produ­tores, técnicos, comunicado­res) para se conhecer e trocar. Além dos shows, o Fluxxo contará com oficinas teóricas e práticas sobre temáticas que envolvem o mercado musical, como: oficina de live P.A. e políticas culturais do estado – veja a programação abaixo.

“Acreditamos na experiên­cia partilhada enquanto força transformadora para um mer­cado mais democrático e plu­ral; onde as conquistas indivi­duais sejam parte de um ganho coletivo para o cenário musical independente. Por isso, bus­camos e fomentamos formas de conhecimento e expertises dentro de uma rede de trocas”, diz André Rigotto, o idealiza­dor do Fluxxo, ao lado de Ma­rília Jordão e Rafael Forte.

“Encarando, assim, o de­safio de tornar as relações profissionais mais humaniza­das, honestas e reais” afirma. O Fluxxo nasce como uma plataforma interativa que visa promover a troca entre agentes e profissionais do cenário de música independente. Trata-se de um satélite potencializador da fresh music nacional.

As bandas do Fluxxo
Obinrin Trio
Dizem que elas encantam sentidos, feito sereias que trazem ora o choque, ora a calmaria típica de Iemanjá. Obinrin é sinônimo de feminino em yorubá. O trio paulistano é formado por Raíssa e Lana Lopes – que ressoam juntas desde o útero da mãe. As gêmeas viram Elis Menezes tocando no carnaval de 2016 e, sem perceber, já começaram a improvisar e fazer música. Dizem também que elas contagiam o ambiente, seja dançando um côco, chamando um maracatú ou empunhando um violão lindo.

Judas no Deserto
Três caras – fãs de batidas eletrônicas, ritmos brasileiros e vertentes da Black music – se juntaram recentemente na cidade de Santana de Parnaíba. Judas no Deserto é pop con­temporâneo. Ultra contemporâneo, dado que o trio começou em 2018. O resultado de seus encontros sonoros são letras inspiradas nos problemas e nas relações sócio-culturais presentes no cotidiano.

Suco de Lúcuma
Cheio de psicodelia e groove, o quarteto Suco de Lúcuma chega com o lançamento do single “Ausência”, sua primeira música de trabalho. Eles mesclam nuances de hip hop e neo soul ao rock psicodélico e armam-se de uma retórica que bebe na fonte da literatura beatnik. Formada em São Paulo em 2017, a banda prepara este ano o seu álbum de estreia.

Sujeito Coletivo
Trazendo consigo o novo single “Cria da terra”, o duo Sujeito Coletivo caminha por referências nos diversos estilos de rap. Empregam letras politizadas e ácidas, e ao mesmo tempo irônicas e sarcásticas, com uma pegada rítmica e melódica que passa por acid jazz, reggae e vai até o trap. Representan­tes do extremo norte de São Paulo, eles usam a crítica social como arma para transformar espíritos.

Meire D’origem
Ela se define com 3Ms: Mulher, Mãe e MC. Meire D’origem, nascida em São José dos Campos, é integrante do movimento cultural hip hop desde 2001. Meire tem um extenso currículo quando se trata de atividades ligadas ao rap. Participou dos grupos Zona Sul MCs, A Oposição e do trio feminino D’origem. Contribuiu com o livro Perifeminas vol. I (o primeiro registro oficial das mulheres no hip hop no Brasil). Hoje, aos 32 anos, ela divide o seu tempo como rapper, educadora e produtora.
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