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Prefeitura atrasa pagamento de PMs

JF PIMENTA/ ARQUIVO TRIBUNA

Um texto disparado pelo aplicativo WhatsApp afirma que a prefeitura de Ribeirão Preto não pagou os doze poli­ciais militares que participam da “Atividade Delegada” na cidade. O programa teve iní­cio em 19 de novembro do ano passado e autoriza o chamado “bico oficial” de PMs, que po­dem trabalhar fardados e ar­mados e com viaturas da cor­poração nos horários de folga. O custo anual do programa era estimado em R$ 120 mil, ou R$ 10 mil por mês.

Em Ribeirão Preto, eles ajudam nas operações do De­partamento de Fiscalização Geral da Secretaria Muni­cipal da Fazenda. O acordo inicial previa um teto de 30 servidores, mas nesta primei­ra etapa são doze. Atribuído a um PM não identificado, o texto diz que “quase nenhum policial quer continuar fa­zendo a ‘Atividade Delegada’ porque ninguém quer traba­lhar e ficar sem receber, só que quem está ficando preju­dicada é a população”.

E prossegue: “Os policiais querem atuar, estão prontos para isso, mas ninguém pode trabalhar e ficar sem receber. A ‘Atividade Delegada’ teve início em Ribeirão Preto em novem­bro e até agora ninguém rece­beu nada referente a estes dias trabalhados”. Cada policial militar recebe uma Unidade Fiscal do Estado de São Pau­lo (Ufesp) por hora trabalha­da – em 2018 valia R$ 25,70, e neste ano será de R$ 26,53 – para oficiais, aspirantes, sub­tenentes e sargentos, e de 90% de uma Ufesp (R$ 23,13) para cabos e soldados.

Os PMs podem trabalhar para a prefeitura fardados e ar­mados. O convênio tem vali­dade de um ano, prorrogável por mais quatro (até cinco). A parceria entre a prefeitura e a Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP-SP) foi aprovada em 6 de março do ano passado ano na Câ­mara de Vereadores, mas não havia saído do papel, segundo a administração municipal, por causa da necessidade de implementação de trâmites administrativos.

O programa autoriza o chamado “bico oficial” de po­liciais militares. O convênio foi assinado no final de junho pelo prefeito Duarte Nogueira Júnior (PSDB) e o então se­cretário de Segurança Pública, Mágino Alves Barbosa Filho, e cita como tarefas a serem exe­cutadas pelos PMs o apoio ao Departamento de Fiscalização Geral para coibir o comércio ambulante ilegal, invasões de áreas públicas, descarte irregu­lar de lixo (resíduos sólidos), interdição de obras clandesti­nas e fechamento de comércio irregular, entre outros casos relacionados a infrações pre­vistas no Código de Posturas Municipais.

Procurada pela reporta­gem, a prefeitura de Ribeirão Preto informou que o paga­mento não foi feito por ques­tões administrativas. Diz o texto enviado ao Tribuna: “A escala com os nomes e carga horária de trabalho foi enca­minhada para a Secretaria da Fazenda depois do fechamen­to da folha. O acerto da rubrica orçamentária também deman­dou tempo maior”, diz.

E finaliza: “Outra situação que prejudicou o pagamento foi o sistema, que por se tratar de um programa novo, os pa­gamentos tiveram que ser pro­gramados um a um na conta de cada policial. Assim que o sistema estiver regularizado, os pagamentos atrasados serão realizados de uma vez”.

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